Famílias mais ricas do mundo querem mais investimentos diretos

Por Simone Foxman.

As famílias mais ricas do planeta pretendem despejar mais dinheiro em transações que podem escolher a dedo.

Segundo relatório divulgado na quinta-feira pela iCapital Network, um mercado online de investimentos alternativos para os ultra-abastados, 66 por cento dos escritórios de gestão de fortunas dedicados a uma única família (single-family offices) esperam ampliar investimentos diretos nos próximos três anos. Mais de 60 por cento das firmas que já fazem investimentos diretos expandiram essas apostas no último ano.

“Muitos family offices entendem que a experiência como empreendedores, como líderes de negócios e gente que promove expansão os coloca em posição privilegiada para influenciar positivamente as companhias”, disse Lawrence Calcano, presidente da iCapital. A opção pelo investimento direto também é “uma maneira de reduzir as comissões que pagam em toda a carteira deles”.

Essas firmas começaram a desempenhar um papel de maior destaque no mundo dos negócios, indo além das aplicações tradicionais em ações e títulos. Os escritórios que trabalham para a segunda geração de herdeiros fazem mais escolhas de perfil ativo. Firmas geridas por membros mais jovens dessas famílias têm maior propensão a aplicar em investimentos diretos do que aquelas ainda administradas pelos fundadores, de acordo com o relatório da iCapital.

Enquanto a primeira geração costuma se concentrar na preservação do patrimônio, a segunda prefere “fazer o patrimônio crescer e expandir o family office”, disse Calcano. A geração mais nova “vê seus investimentos como parte do negócio da família”.

Os family offices da segunda geração também são mais receptivos aos fundos de hedge, embora esses fundos, na média, estejam em desvantagem em relação ao mercado acionário dos EUA neste ano. Entre os family offices administrados por herdeiros mais jovens, 59 por cento revelaram que provavelmente ampliarão suas participações, comparado a menos de um quarto dos escritórios voltados para a primeira geração.

A iCapital sondou 157 family offices que trabalham para uma única família entre o segundo semestre de 2016 e a primeira metade de 2017, sendo que a maioria administra mais de US$ 500 milhões.

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