Ferrovias focam no México/EUA para frete dominado por caminhões

Por Lee Klaskow e Talon Custer.

As ferrovias estão apostando no México para poder crescer, aproveitando o avanço no comércio com os Estados Unidos. Até maio de 2015, 16,7% do frete de 184 bilhões de dólares que cruzou a fronteira em transporte na superfície foi feito por trilhos, forte alta perante os 5,5% registrados em 2014.

Mesmo que o comércio por trilhos esteja crescendo, ainda está bem abaixo do comércio por caminhões, que registrou aumento de 3,4% e conta com uma participação de mercado de cerca de 82,5%.

A Kansas City Southern, que atualmente tem cerca de 47% da sua receita vinculada às operações mexicanas, identificou cerca de 3,7 milhões de cargas que cruzam a fronteira e podem migrar das estradas para os trilhos. A empresa é a única ferrovia de classe 1 com operações no México. A Union Pacific possui 26% de participação na ferrovia Mexicana Ferromex. A UP e a Burlington Northern Santa Fe têm acesso aos pontos de entrada entre os EUA e o México e possuem conexões com outras ferrovias Class I, como a CSX, a Norfolk Southern, a Canadian National e a Canadian Pacific.
 

pag05_grafA

 
Recentemente, o governo mexicano passou uma reforma do setor de energia no Congresso que pode aumentar o tráfego nas ferrovias em longo prazo. As linhas férreas são importantes para trazer canos, areia, fluidos para perfuração, cimento e outros recursos necessários para operar um poço horizontal, além de aumentar a saída de petróleo e gás.
 

pag05_grafB

 
A Kansas City Southern estima que a reforma de energia Mexicana pode abrir oportunidades para as ferrovias já em 2017.

O México possui cerca de 113 bilhões de barris de petróleo que ainda não foram explorados e 460 trilhões de pés cúbicos de gás de xisto em um valor combinado de 13 trilhões de dólares, de acordo com a Pemex. Os preços em queda do petróleo bruto podem reduzir o ritmo de desenvolvimento.

Agende uma demo.