Fluxo de trabalho do tesoureiro: como um número pode se tornar uma estratégia

Por Shan Anwar.

Sabe-se que os consultores sempre dizem aos tesoureiros que eles precisam de um fluxo de trabalho que seja “padronizado”, “controlado” e “eficiente”. Quando os novos jargões caem no gosto popular, certamente eles se tornam parte dessa panaceia linguística. Mas o que é realmente um fluxo de trabalho? Imagine um tesoureiro tentando ter visibilidade dos caixas da empresa. Esse pode ser um processo manual realizado acessando-se o portal de vários bancos ou pode ser um processo automatizado.

De qualquer forma, o resultando pode ser considerado como apenas um simples número, certamente útil para responder à pergunta “Quanto caixa eu tenho?”. No entanto, no sentido estratégico, esse processo é a culminação do ciclo de vida do caixa, e é aí que o fluxo de trabalho é essencial.

O caixa em uma conta bancária hoje pode ter sido projetado algum tempo atrás como parte do processo de análise e planejamento orçamentário ou financeiro da empresa. Em algum momento, assim como a fábrica que fabrica o produto atinge plena atividade, os vendedores atingem suas metas e o negócio subjacente atinge seus objetivos, o item do orçamento se torna uma fatura. Essa fatura é contabilizada no ERP da empresa como receita, contra um item de contas a receber em alguns casos.

Fluxos de trabalho geram fluxos de trabalho. Talvez a projeção original tenha sido feita em uma moeda estrangeira. Integrando o fluxo de trabalho da gestão de caixa a políticas de gestão de risco, o tesoureiro estratégico executa uma proteção (hedge) da projeção, adequando-se ao apetite por gestão de risco da empresa. Essa proteção (hedge) é calculada ao valor justo em cada período de divulgação de relatório, de acordo com as regras do IFRS e do GAAP local. A contabilidade de hedge, que associa os objetivos de gestão de risco de uma empresa com seus resultados contábeis, pode agregar outro nível de complexidade ao fluxo de trabalho. As hedges de derivativos geram seus próprios eventos de fluxo de caixa na liquidação, que precisam ser gerenciados e planejados, criando uma curva de feedback que é o marco de um fluxo de trabalho gerenciado adequadamente.

As funções de gestão sênior e auditoria independente estão envolvidas em todo o fluxo de trabalho do tesoureiro. A gestão sênior ajuda a definir o tom e os auditores, como uma segurança independente, ajudam o tesoureiro a entender as questões de conformidade antes que elas se tornem problemas. O diagrama a seguir representa a melhor visão do fluxo de trabalho do tesoureiro, integrando todos esses aspectos.

Nessa visão, o caixa que a empresa vê hoje é o produto final de um longo ciclo de eventos. O tesoureiro está no início e no fim do fluxo de trabalho. Ao administrá-lo corretamente, o tesoureiro pode ser um parceiro estratégico, pois decide o que fazer com o caixa, se ele deve ser usado para capital de giro, aquisição estratégica, simplesmente pagar uma dívida ou fazer um investimento.
 
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Sem um fluxo de trabalho, o tesoureiro simplesmente reporta um número em um extrato bancário. O vice-tesoureiro de um dos maiores conglomerados dos EUA disse bem em uma conversa comigo. O tesoureiro escolheu uma plataforma de um único sistema para seus processos de tesouraria, abrindo mão do modelo de escolher o melhor sistema para cada aspecto do fluxo de trabalho. Quando perguntei por que ele fez essa escolha, ele respondeu: “Quero ter certeza de que o sistema em que eu executar uma operação seja o mesmo que a contabilize”.

De fato, com um fluxo de trabalho gerenciado adequadamente, a tesouraria é, por definição, padronizada, controlada e eficiente. Você não precisa de um consultor para lhe dizer isso.

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