Fundo dinamarquês compra fatia em projeto solar no Brasil

Por Vanessa Dezem.

O fundo de investimentos dinamarquês Nordic Power Partners adquiriu uma participação majoritária em um complexo solar de 90 megawatts na Paraíba, no Nordeste do Brasil.

A Nordic Power Partners, uma joint venture entre a empresa europeia European Energy A/S e o Fundo Dinamarquês de Investimento no Clima, comprou uma fatia do complexo solar desenvolvido pela empresa brasileira Rio Alto Energia, segundo Rafael Brandão, sócio da Rio Alto. O banco Credit Suisse assessorou a operação.

A Rio Alto obteve contratos de venda de energia para o complexo nos dois primeiros leilões de energia solar do Brasil, em 2014 e 2015. A empresa, com sede em São Paulo, estava entre as companhias que buscavam parceiros para seus projetos depois que a desvalorização do real elevou os custos dos painéis solares importados e que a crise econômica do país restringiu o financiamento de novas plantas.

O complexo solar exige investimentos de aproximadamente R$ 450 milhões (US$ 144 milhões), segundo Brandão. A Nordic Power Partners obteve aprovação de financiamento do Banco do Nordeste no valor aproximado de R$ 270 milhões.
“Nós acreditamos que o mercado solar do Brasil é muito interessante,” afirmou o diretor da Nordic Power Partner, Kevin Wilkinson, por email. “A construção do projeto já começou e planejamos começar a conectá-lo à rede no fim do ano.”

Weg

O complexo solar será construído pela Weg, a única fornecedora brasileira de turbinas eólicas. A Nordic Power Partners e a Weg concluíram a assinatura de um contrato na sexta-feira para que a brasileira forneça linhas de transmissão, subestações e outros equipamentos para os parques solares, segundo João Paulo Gualberto da Silva, diretor de novas energias da WEG. Os painéis solares, que representam cerca de 45 por cento dos custos do projeto, serão comprados de outras empresas.

“Esse é um passo importante para a Weg”, disse Silva. “É a entrada da empresa no mercado regulado de energia solar, construindo grandes parques solares no Brasil.”

A Weg também está negociando acordos para a construção de outros dois parques solares no Brasil, com 60 megawatts e 90 megawatts de capacidade.

“Não temos planos de fabricar módulos e painéis, pois há uma sobreoferta no mundo e o preço deve continuar caindo”, disse Silva. Os preços globais de módulos solares recuaram 16 por cento nos últimos seis meses, segundo a Weg.

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