Por Deirdre Fretz com a colaboração de Wendy Soong, Denyse Godoy, Ney Hayashi, Ben Bain e Carolina Millan.
Os fundos de índices (ETFs, na sigla em inglês) se carregaram de ativos brasileiros com o mercado se aproveitando do otimismo do mercado e aumento do preço das commodities que impulsionaram os mercados da Argentina ao México.
Os investidores colocaram US$ 215.2 milhões para o iShares MSCI Brasil cobrindo ETF nos três dias até 4 de março, o maior fluxo semanal desde de outubro de 2014, quando a oposição chegou perto de vencer a presidente Dilma Rousseff na eleição.
O total de compras líquidas de ações brasileiras por todos os ETFs cotados nos EUA totalizaram US$ 293.8 milhões na semana de 29 fevereiro a 4 março, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Isso é mais de 100 vezes a média semanal de US$ 2,3 milhões em entradas líquidas até agora neste ano. ETFs também acrescentaram US$ 12,3 milhões em renda fixa brasileira na semana de 29 fevereiro a 4 março.
“Estamos vendo uma forte recuperação de preços dos metais nos últimos dias, e que está fazendo os investidores mais otimistas sobre os produtores de matérias-primas”, disse Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da corretora Nova Futura, em São Paulo.
A BlackRock Inc. iShares MSCI Mexico Capped ETF, o maior ETF listado nos EUA que se concentra em ações mexicanas, entrou com US$ 102 milhões em 4 de março, o maior volume em um único dia desde agosto de 2013. ETFs listados nos EUA compraram ações mexicanas de US$ 214,6 milhões na semana de 29 fevereiro a 4 março, e comprou US$ 44,3 milhões dos títulos de renda fixa do México, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Os ETFs dos EUA têm sido vendedores líquidos de equidades mexicanas até agora este ano, reduzindo suas participações para US$ 6,4 milhões por semana, em média.
A Global X MSCI Argentina ETF registrou as maiores entradas desde julho de 2014, em 4 de março, quando os investidores acrescentaram US$ 3,8 milhões, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
Juntos, ETFs dos EUA compraram uma rede de $ 21,5 milhões de ações argentinas e títulos de renda fixa na semana de 29 fevereiro a 4 março, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Até agora, ETFs americanos têm, em média, despojado títulos argentinos a uma taxa de meio milhão de dólares por semana.
Gráficos mostram o fluxo líquido de todos os ETFs de renda fixa e ações dos EUA cotadas, incluindo fundos não focados na região. Dados compilados por Wendy Logo.