Futuro da segurança de voos está em scanners e esteiras

Por Alan Levin.

O explosivo plástico foi convertido em uma camada fina e escondido dentro de um laptop, o tipo de bomba difícil de detectar que tira o sono dos responsáveis pela segurança dos aeroportos.

Dispositivos terroristas como esse são o motivo pelo qual os viajantes precisam retirar os laptops de sua bagagem de mão nos controles de segurança antes de embarcar em um avião. Mas no laboratório de um parque industrial nos arredores de Boston, um scanner da nova geração visualizou a “bomba” simulada escondida em uma mala em segundos e alertou os condutores do teste modificando a cor da imagem para magenta no computador.

Scanners de bagagem CT, tridimensionais e de alta definição, poderão em breve substituir as imagens estáticas de raios-X nos aeroportos como parte de uma onda de novas tecnologias desenvolvidas para acelerar as filas de segurança e aprimorar a detecção de armas e explosivos.

“Acho que se pudermos continuar avançando no caminho dos últimos seis meses ou do último ano, teremos uma oportunidade real de transformar o sistema”, disse Jill Vaughan, diretora de tecnologia da Administração de Segurança de Transporte dos EUA (TSA, na sigla em inglês), em entrevista. “Estou esperançosa.”

Os controles de segurança dos aeroportos — há tempos um motivo de frustração que entrou em ebulição no início do ano com o aumento das filas nos EUA — deverão sofrer mudanças drásticas com essas e outras tecnologias. Pela primeira vez desde que a segurança foi intensificada após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, inovações como esteiras transportadoras controladas por computador e análise automatizada de malas têm o potencial de aumentar a praticidade da segurança dos aeroportos e de aprimorar a proteção.

As mudanças potenciais ajudarão a solucionar um dos pontos fracos mais evidentes da segurança aeroportuária — a dificuldade dos agentes para visualizar itens proibidos escondidos em bolsas ou nos próprios passageiros. Em um teste realizado pela própria equipe encoberta da TSA, os agentes deixaram passar 67 das 70 bombas e armas escondidas, reportou a ABC News no ano passado.

As autoridades das agências de segurança e das associações do setor da aviação alertam que os novos aparelhos ainda estão sendo submetidos à certificação e a TSA foi criticada no passado pela forma de responder às novas tecnologias, mas existe otimismo de que as mudanças chegarão em breve. Neste ano, a TSA avisou o Congresso americano que não planeja comprar mais nenhuma máquina de raios-X como a atual e pediu que o Legislativo separe US$ 49 milhões para os scanners da “próxima geração”.

Em alguns casos, as melhorias envolvem uma tecnologia relativamente baixa. A TSA, que trabalha com as empresas aéreas que estão ajudando a financiar os novos esforços, iniciou experimentos em novas técnicas para filas de controle emprestadas de especialistas em eficiência industrial. Estão automatizando esteiras transportadoras de raios-X e alterando a forma como as pessoas formam filas para reduzir o tempo de espera e fazer com que seja mais fácil encontrar itens proibidos.

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