Gigantes da internet se unem para encontrar conteúdo terrorista

Por Jeremy Kahn.

Facebook, Microsoft, Twitter e YouTube estão unindo forças para melhorar seus esforços em remover conteúdo relacionado ao terrorismo de seus serviços on-line após a pressão exercida sobre as empresas de tecnologia, que podem não estar fazendo o suficiente para impedir extremistas de usarem suas plataformas.

As quatro companhias afirmaram hoje que estão criando um banco de dados compartilhado dos vídeos e imagens terroristas mais severos removidos de seus sites. O banco de dados, que será guardado pelo Facebook, armazenará “hashes” — uma espécie de impressão digital criada por um algoritmo criptográfico — para cada conteúdo.

Todo conteúdo de fotos e vídeos carregado nos serviços participantes terá seu hash automaticamente verificado no banco de dados. Se for igual a um hash já armazenado lá, o banco de dados enviará uma notificação à empresa à qual o conteúdo foi enviado para que ele possa ser analisado manualmente para possível remoção, informou o Facebook em comunicado.

“Esperamos que essa colaboração conduza a uma eficiência maior em um momento em que continuamos aplicando nossas políticas para ajudar a limitar o problema global premente do conteúdo terrorista on-line”, informou a companhia.

Facebook, Microsoft, Twitter e YouTube (que pertence ao Google) estão sendo pressionados pelos governos ocidentais por não fazerem o suficiente para remover conteúdo relacionado a grupos terroristas e organizações de extrema direita. No início da semana, a Comissão Europeia alertou que está acabando o prazo para que as empresas de tecnologia americanas provem que estão combatendo o discurso de ódio com seriedade e que elas poderão ser submetidas a novas regulações. Na Alemanha, o ministro da Justiça ameaçou entrar com ação criminal contra o Facebook por não conter o discurso de ódio de grupos neonazistas.

O Facebook informou que cada companhia decidiria de forma independente que conteúdo teriam seus hashes armazenados no banco de dados. A empresa informou que a iniciativa não incluiria todo o conteúdo removido por esses sites por violar seus termos de serviço e sim um subconjunto dos vídeos e das imagens mais flagrantes.

A empresa informou também que, como o banco de dados armazena apenas o hash — e não a imagem ou o vídeo em si –, nenhuma informação de identificação pessoal será compartilhada entre as companhias.

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