Goldman, JPMorgan, Morgan Stanley disputam 1º lugar em fusões

Por Hugh Son e Dakin Campbell, com a colaboração de Laura J. Keller.

Quando o assunto é o lucrativo negócio de assessoria a corporações para a compra de rivais ou para sua própria venda, vale a pena ser o líder.

Por isso talvez não surpreenda que três dos maiores bancos de Wall Street afirmem ser o melhor negociador do primeiro trimestre. O Goldman Sachs e o Morgan Stanley deram publicidade ao seu primeiro lugar nesta semana no topo de seus relatórios de lucros. O JPMorgan fez o mesmo na semana passada, em um slide intitulado “posições de liderança seletas”.

“Eles estão disputando o direito de se gabar”, disse Charles Peabody, analista da Portales Partners. “É importante para o marketing deles, quando estão tentando convencer um CEO a fazer um negócio, mostrar a credibilidade de seu histórico de negócios”.

Os bancos de investimentos há tempos dividem classificações de fusões para lançar a luz mais favorável sobre si e mostrar que são a melhor escolha para as futuras transações. Raras vezes o incentivo foi mais forte que neste ano, quando os lucros da assessoria a aquisições se mantiveram relativamente bem em meio à queda das negociações e da subscrição de ações e títulos. O lucro das unidades de assessoria caiu 6,6 por cento no trimestre, contra um declínio de 22 por cento das negociações, segundo dados das cinco maiores firmas de Wall Street.

O Goldman Sachs está em primeiro lugar em termos de volume de novos negócios anunciados no primeiro trimestre, segundo seu comunicado. Mas como bem sabem os executivos bancários da fusão de US$ 160 bilhões entre a Pfizer e a Allergan, que foi cancelada, as transações anunciadas nem sempre se concretizam (o Goldman ajudou a assessorar a Pfizer). Enquanto isso, o Morgan Stanley disse que está em primeiro lugar em negócios concluídos. O JPMorgan, para não ficar atrás, disse que possui a maior participação do montante global de receita gerado com assessoria de fusões — cerca de 11 por cento.

‘Não ligo’

Os analistas normalmente dão maior peso aos negócios anunciados, porque isso indica a receita futura, disse Peabody. E com base nisso, excluindo as transações canceladas, o Goldman Sachs ficou em primeiro lugar no trimestre, segundo dados compilados pela Bloomberg. Independentemente disso, o serviço de consultoria provavelmente atingiu o pico no ano passado, disse o analista.

“Eu realmente não ligo para quem é o número 1”, disse Peabody. “Agora estamos vendo os pontos fortes do ano passado e metade deles mostra sinais de abatimento”.

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