Por Mark Bergen.
A Alphabet alertou os investidores a respeito de uma série de novos concorrentes, ressaltando a ampla expansão da companhia além de seu negócio original de buscas, o Google.
A Alphabet citou rivais como Apple, Netflix e Hulu e destacou os riscos de novos negócios, como o de fabricação de hardware de consumo, segundo seu relatório anual mais recente, apresentado na sexta-feira à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês). A seguir, listamos as principais revelações de novos concorrentes, colhidas de uma comparação entre o relatório anual mais recente da Alphabet e o de um ano atrás:
— “Provedores de serviços de vídeo digital, como Facebook, Netflix, Amazon e Hulu.” O YouTube, do Google, tem novas versões de sua oferta de vídeos on-line com assinatura paga que competem mais diretamente com as últimas três companhias. Os executivos se mostraram cautelosamente otimistas sobre o assunto na conferência de lucros realizada na semana passada. “É preciso tempo para construir uma empresa de assinaturas nesse ramo”, disse a diretora financeira da empresa, Ruth Porat.
— “Provedores de assistentes digitais, como Apple, Amazon, Facebook e Microsoft.” No ano passado, a companhia lançou o Google Assistant, um serviço de informações baseado em voz que o Google espera incluir no máximo de aparelhos possível. O serviço compete com Siri, da Apple, Alexa, da Amazon, e Cortana, da Microsoft. O Facebook tem um serviço similar em seu aplicativo Messenger.
— “Provedores de serviços na nuvem para empresas, incluindo Amazon e Microsoft.” Esta é uma referência à unidade de computação em nuvem do Google, que a executiva Diane Greene está finalmente transformando em um serviço sério para clientes corporativos maiores. A Alphabet mencionou a nuvem em relatórios anuais anteriores, mas o foco corporativo é novo.
— “Empresas que desenvolvem, fabricam e comercializam produtos eletrônicos de consumo.” Essa provavelmente seja uma referência ao novo conjunto de aparelhos do Google, que inclui o telefone Pixel e o alto-falante Home. O telefone transforma em rival a Apple e fabricantes de aparelhos Android, como a Samsung.
Falando em hardware, o relatório anual mais recente da Alphabet ressaltou novos riscos na fabricação e na cadeia de abastecimento relacionados à aposta da empresa em aparelhos domésticos. “Poderemos iniciar contratos de longo prazo que nos comprometerão com termos e condições de oferta significativos. Poderemos ser responsáveis por materiais e produtos que não são consumidos devido a aceitação do mercado, mudanças tecnológicas, obsolescências, qualidade, recalls de produtos e questões de garantia”, escreveu a companhia.
A Alphabet revelou também o custo de comercializar esses novos aparelhos para potenciais compradores. As despesas totais com vendas e marketing aumentaram em mais de US$ 1,4 bilhão de 2015 a 2016 — devido principalmente a um salto de US$ 679 milhões nos custos com publicidade e promoções, principalmente para os produtos de hardware do Google, segundo o relatório.
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