Grandes bancos e petróleo: otimismo ou pessimismo com 2018?

Por Sungwoo Park.

O petróleo caminha para um segundo ganho anual depois que a Opep e seus aliados decidiram, no mês passado, estender os limites à produção em uma tentativa de reduzir o estoque excedente. Embora alguns bancos tenham elevado suas previsões para o preço do petróleo em 2018, outros foram menos otimistas.

Um dos mais otimistas é o Goldman Sachs, que elevou sua projeção para o petróleo Brent em quase 7 por cento, para US$ 62 por barril, citando o compromisso mais forte que o esperado da Opep e de seus parceiros. Isso se compara com um preço médio de cerca de US$ 54 por barril neste ano. Segundo outro otimista, o JPMorgan Chase, “fundamentos sólidos e balanços mais apertados”, bem como a disposição da Opep para equilibrar os mercados, são razões para sua perspectiva positiva.

Na outra extremidade do espectro está o Citigroup, que afirma que existe o risco de que o otimismo atual com a oferta e com a dinâmica da demanda perca o fôlego e um aumento da produção de xisto dos EUA poderia assustar o mercado. Para o Barclays, a alta do petróleo vai incentivar os EUA e outros produtores de fora da Opep a aumentar a produção em 2018, ajudando a balança a pender novamente para um aumento do estoque.

O petróleo Brent, referência para mais da metade do petróleo mundial, subiu cerca de 12 por cento neste ano depois de ter avançado 52 por cento no ano passado. A seguir, mais detalhes sobre as perspectivas dos bancos para 2018:

Goldman:

– Aumentou a projeção para o preço à vista do petróleo Brent de US$ 58 para US$ 62 por barril em 2018.

– Compromisso mais forte que o esperado da Arábia Saudita e da Rússia para prolongar os cortes da oferta na reunião de 30 de novembro da Opep, em Viena, foi citado para justificar o otimismo do banco.

UBS:

– Aumentou a projeção para o petróleo Brent de US$ 55 para US$ 60 por barril em 2018.

– Estoques da OCDE podem cair para médias de cinco anos no terceiro trimestre de 2018, quando começará uma redução informal dos cortes liderados pela Opep.

Credit Suisse:

– Aumentou a previsão para o petróleo Brent de US$ 53 o barril para US$ 60 em 2018.

– Banco afirma que o “forte compromisso” da Opep e de outros produtores com os cortes “normalizarão” os níveis de estoque da OCDE em torno do terceiro trimestre do próximo ano.

JP Morgan:

– Elevou a previsão para o petróleo Brent de US$ 58 o barril para US$ 60 em 2018.

– Preços do petróleo permaneceram “amplamente estáveis, refletindo fundamentos sólidos e balanços mais apertados”, afirmou o banco. Também citou como base para sua perspectiva de alta a disposição da Opep e da Arábia Saudita para equilibrar os mercados.

Citigroup:

– Prevê que o barril de petróleo Brent custará US$ 54 no próximo ano.

Observação: O banco manteve inalterada sua projeção de preço atual para 2018 desde que em julho reduziu o valor, que era de US$ 60, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

– Os cortes atuais à produção, liderados pela Opep, vão durar até meados de 2018 ou até o fim do terceiro trimestre, mas não até o fim do próximo ano.

Barclays:

– Manteve a previsão de US$ 55 por barril do petróleo Brent.

– Atual otimismo com os preços impulsionará um aumento de pelo menos 500.000 barris por dia da oferta de fora da Opep e dos EUA em 2018 e 2019.

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