Por Saket Sundria e Debjit Chakraborty.
A Índia planeja criar uma gigantesca petroleira estatal por meio de fusões para concorrer em tamanho com empresas multinacionais e com a Reliance Industries, do bilionário Mukesh Ambani.
“Nós vemos oportunidades de fortalecer nossas empresas do setor público por meio de consolidação, fusões e aquisições”, disse o ministro das Finanças, Arun Jaitley, no Parlamento, ao apresentar o orçamento federal para o ano que começa em 1o de abril. “Isso dará a elas a capacidade de enfrentar um alto risco, aproveitar economias de escala, tomar decisões de investimentos superiores e criar mais valor para as partes interessadas.”
A Índia está superando o Japão como terceira maior consumidora mundial de petróleo e será o centro do crescimento global até 2040, segundo a Agência Internacional de Energia. Sua produção upstream é dominada pela Oil and Natural Gas Corp., que opera de forma independente em relação à maior refinaria, a Indian Oil. As empresas Bharat Petroleum e Hindustan Oil são as outras duas refinarias estatais, enquanto a Oil India é uma produtora menor de petróleo e gás. A GAIL India é a maior operadora de gasodutos do país.
As empresas de petróleo e gás da Índia são pequenas se comparadas com alguns de seus pares globais. A capitalização de mercado combinada das oito empresas estatais de petróleo e gás da Índia é de cerca de US$ 105 bilhões. Uma entidade desse tipo ficaria em sétimo lugar entre as petroleiras globais, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Na indústria global de petróleo e gás o tamanho é importante, mas garantir a governança será igualmente importante para não criar uma gigante ineficiente, disse Debasish Mishra, sócio da Deloitte Touche Tohmatsu em Mumbai.
Uma integração do tipo exigiria determinação política e administrativa, disse Deepak Mahurkar, líder da prática do setor de petróleo e gás da Índia na PricewaterhouseCoopers. Houve tentativas de combinar as petroleiras indianas no passado, disse ele.
“A criação de uma grande petroleira integrada ajudará a atingir a meta de ampliar a segurança energética da Índia”, disse o presidente do conselho da ONGC, Dinesh Kumar Sarraf. “Uma entidade maior terá recursos maiores e um apetite maior por aquisições.”
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