Por Mathew Carr e Anna Hirtenstein
A primeira usina de energia do mundo que produz eletricidade a partir da expansão do ar e está conectada à rede começou a operar na terça-feira.
A instalação de 5 megawatts perto de Manchester, no norte da Inglaterra, usa uma tecnologia que transforma o ar do ambiente em líquido ao resfriá-lo a -196 graus Celsius. Quando o líquido é exposto às temperaturas externas, há uma rápida regaseificação.
A expansão de 700 vezes do volume é usada para mover uma turbina e gerar eletricidade sem combustão.
A usina fornecerá energia suficiente para abastecer o equivalente a 5.000 residências por cerca de três horas por vez, ajudando a rede a mitigar a oferta intermitente das energias renováveis. A operadora Highview Enterprises informou em seu website que o projeto é parcialmente financiado por 8 milhões de libras (US$ 10,7 milhões) do governo britânico.
A empresa, respaldada também por 25 milhões de libras em financiamento privado, negocia a construção de usinas 10 vezes maiores que a piloto para companhias de luz de diversos outros países, disse o CEO Gareth Brett por e-mail.
O mercado global de armazenagem de energia crescerá para um total de 125 gigawatts em 2030, contra 4,5 gigawatts no ano passado, atraindo até US$ 103 bilhões em investimentos, estimou Logan Goldie-Scot, chefe de análises de armazenagem de energia da Bloomberg New Energy Finance, em relatório de novembro.
A Highview mira um custo de cerca de US$ 200 por megawatt-hora para a tecnologia. O total representa quase o triplo do preço de mercado de US$ 74 do contrato de energia do mês seguinte no Reino Unido, segundo preços de corretoras compilados pela Bloomberg.
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