Investidores estrangeiros carregados em títulos locais mexicanos

Por George Lei.

As compras externas de dívida local mexicana saltaram para uma alta de três meses em janeiro, com o peso atingindo um recorde de baixa e os preços dos CDIs soberanos subindo. Os investidores estrangeiros estão migrando para um refúgio regional que dispõe de inflação no alvo, um crescimento estável e finanças públicas relativamente controladas.
 

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Os estrangeiros, que detêm cerca de 60 por cento da dívida soberana do México emitiram no mercado interno, fizeram compras líquidas de títulos de mais de 27 bilhões de pesos no primeiro semestre de janeiro. Os rendimentos dos Mbonos devidos em dezembro de 2024 caíram para cerca de 6 por cento, depois de saltar para uma alta de 6,25 por cento de seis meses em 15 de dezembro, um dia antes do Fed iniciar o aumento dos juros.

Longe de ser um aviso vermelho no painel de instrumentos, o peso mexicano, que caiu 6,5 por cento em relação ao dólar no período de 1 a 22 de janeiro, foi um amortecedor entre a volatilidade mundial elevada. A depreciação Swift poderia beneficiar as exportações, ajudando a competitividade das fabricas do país, particularmente com seu maior parceiro comercial, os EUA.

Os economistas esperam que o México tenha um crescimento de 2,64 por cento este ano, de acordo com o último levantamento divulgado pela Banamex em 20 de janeiro. Isso se compara com uma previsão de 2,1 por cento de crescimento no Chile e uma contração de 3 por cento no Brasil.
A pesquisa mostra expectativas de inflação em 3,1 por cento, um pouco acima da meta do Banco Central de 3 por cento, tornando o México a única economia da América Latina importante no controle de preços.

O benchmark mexicano TIIE de preço na curva de swap teve duas altas de 25 pontos base em 2016. Apesar da atração do Fed dos EUA, há pouca necessidade de aperto significativo para estabilizar o peso dado a falta de grandes saídas de capital.

Além disso, as finanças públicas estão ancoradas pelo fato de que o México vendeu à frente em 2016 o petróleo por US$ 49 o barril. Itens relacionados ao petróleo respondem por cerca de um terço da receita do governo mexicano.

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