Por Thomas Biesheuvel.
Empresas de private equity perderam o interesse no setor de mineração global no ano passado, tendo investido 75% menos no segmento e se concentrado mais no financiamento de investimentos existentes.
Os investimentos caíram para US$ 500 milhões no ano passado em relação aos US$ 2 bilhões em 2018, segundo relatório do escritório de advocacia Bryan Cave Leighton Paisner. Foi o valor mais baixo desde que a empresa começou a rastrear o segmento em 2013.
Empresas de private equity investiram no setor de mineração quando grandes produtores foram obrigados a vender ativos em meio ao colapso dos preços das commodities anos atrás. Essa tendência parece ter terminado, e o escritório de advocacia acredita que o private equity agora está focado em levantar fundos para investimentos existentes, em vez de procurar novos negócios. Houve também falta de grandes acordos individuais no ano passado.
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“Os aumentos de participações acionárias geralmente se concentram na proteção dos investimentos existentes contra diluição, onde é necessário capital adicional para o andamento do projeto ou para capital de giro”, disse no relatório Alexander Keepin, chefe para mineração da BCLP.
O ouro se manteve como o mais popular do setor de commodities no ano passado, atraindo US$ 192 milhões em investimentos, seguido por chumbo e cobre. Este ano, o BCLP espera significativas vendas de ativos por investidores de private equity.
Vários fundos “estão agora no sétimo ano do que geralmente é uma vida útil de dez anos, o que significa que o foco desses fundos mudará da implantação de capital para a concretização de investimentos”, disse Keepin.