Os investimentos em nova capacidade de energia limpa na América Latina caíram 17% no ano passado em comparação com o recorde de 2019. Mas foi um ano de duas metades: o investimento despencou 60% no primeiro semestre, quando a Covid-19 devastou a região, e depois se recuperou para terminar o ano em 16,4 bilhões de dólares, desafiando uma recessão que pode ser a pior de todos os tempos na região.
O resultado é relativamente positivo, mas os desafios permanecem. A crise persistente continuará a minar a confiança de investidores na região.
O Brasil e o Chile lideraram o investimento na região em 2020 e continuarão sendo os principais mercados em 2021. Uma forte recuperação em ambos os países viu o Brasil atrair um recorde de 9 bilhões de dólares, apesar da crise. O Chile, por sua vez, atraiu 4,5 bilhões de dólares durante o período, o que representa o segundo maior valor registrado pelo país.
O México e a Argentina ficaram para trás, e ambos não devem retornar aos altos níveis de investimento este ano. O governo do México buscou bloquear o desenvolvimento de energias renováveis e é improvável que mude sua estratégia em 2021. Os investimentos na Argentina diminuíram para quase zero enquanto o país luta contra a instabilidade financeira e estritos controles de capital.
Novos investimentos em energia limpa na América Latina por país