Por Cristiane Lucchesi, Felipe Marques e Fabiola Moura.
A Azul, terceira maior empresa aérea brasileira, tem visto a demanda superar a oferta em sua proposta de oferta pública inicial de ações, segundo uma pessoa com conhecimento direto do assunto.
O IPO pode alcançar R$ 1,51 bilhão (US$ 485 milhões) com base no preço médio da faixa de preço estabelecida para as ações, de R$ 19 a R$ 23, segundo o prospecto da oferta e as 72 milhões de ações preferenciais que a companhia e os acionistas pretendem vender. O preço das ações deve ser definido em 6 de abril, segundo outra pessoa com conhecimento do assunto que pediu anonimato porque as discussões não são públicas.
A operadora recorre ao mercado no momento em que o país começa a se recuperar de sua pior recessão na história e em que os economistas projetam crescimento de 0,7 por cento do produto interno bruto neste ano e de 2,2 por cento em 2018, segundo estimativas compiladas pela Bloomberg.
Os investidores apostam que a empresa aérea conseguirá tirar vantagem desse cenário. A ação da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, por exemplo, acumula alta de 81 por cento neste ano até 31 de março. A Latam Airlines tem alta de 48 por cento no mesmo período.
A Azul foi fundada pelo magnata do setor aéreo David Neeleman em 2008. Anteriormente, Neeleman havia ajudado a criar a Morris Air, a canadense WestJet Airlines e a JetBlue Airways.
O Banco Itaú BBA é o coordenador líder da oferta. Citigroup, Deutsche Bank, BB Investimentos, Bradesco BBI, Santander, JPMorgan e Banco Safra também participam.
A Azul vende ações após adiar o processo pelo menos três vezes nos últimos anos devido à volatilidade do mercado de ações do Brasil.
A empresa preferiu não comentar o assunto.
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