Itaú cresce em Miami como opção dos brasileiros ao caos no país

Por Jonathan Levin.

O Itaú Unibanco diz que sua unidade de private banking em Miami está crescendo apesar da crise política no país de origem – ou por causa dela.

Em cenários ruins, o crescimento acontece pela diversificação, diz Carlos Constantini, presidente do Itaú U.S., em entrevista em Miami.

Investidores latino-americanos buscam alternativas para salvar os fundos; enviar dinheiro para o exterior e ter diferentes moedas sempre foi uma alternativa para diversificar, diz ele.

Com todas as notícias ruins do Brasil, os ativos do Itau U.S. quadruplicaram na última década. A empresa agora administra por volta de US$ 12 bilhões, mais que os US$ 10,8 bilhões do fim do ano passado, de acordo com uma apresentação do banco.

Constantini diz que o banco planeja seguir com a estratégia de crescimento internacional, apesar da incerteza sobre recuperação econômica brasileira e os casos de corrupção no país. O objetivo para os próximos cinco anos é de se tornar o banco mais bem colocado para os brasileiros investirem no exterior, acima da atual terceira colocação.

O Itaú pretende aumentar a participação no mercado de 10% para 15%, esperando que a queda na taxa de juros no Brasil incentive mais clientes a investir, segundo Constantini.

Para abrir conta no private banking do Itaú em Miami, clientes brasileiros, geralmente, precisam de pelo menos R$ 5 milhões para investir, sendo US$ 1 milhão ou mais alocado nos EUA.

Bancos privados offshore crescem em bons e maus cenários, diz Constantini. O executivo diz que o crescimento nos EUA é parte de um movimento defensivo que reflete a migração dos bens dos brasileiros ao país norte-americano. “Primeiro eles começam viajando de férias e depois decidem abrir negócios e criar filhos nos EUA”.

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