Por Ainslie Chandler.
A Jaguar Growth Partners, formada em 2013 por dois veteranos da Sam Zell’s Equity International empresa imobiliária, está elevando o seu primeiro fundo e espera fazer o primeiro investimento da empresa no Brasil em breve.
A Jaguar está focada em investimentos relacionados a imóveis em mercados emergentes. O fundador e sócio administrativo Gary Garrabrant, que já investiu muito no Brasil como o principal executivo e co-fundador da Equity Internacional, está interessado em ser um player dominante novamente no mercado imobiliário brasileiro, disse ele.
“Começamos a investir lá no início dos anos 2000 e estivemos quase no topo do mercado, em meados do fim dos anos 2000, quando todo mundo estava correndo. Agora é fascinante, estamos nos estabelecendo quando todo mundo está saindo”, disse Garrabrant, em uma entrevista em Nova York.
Ele afirma que a crise política corrente no país, com a varredura da corrupção através das investigações e a possibilidade de que a presidente Dilma Rousseff sofra o impeachment, traz uma oportunidade de comprar bens de empresas imobiliários baratos.
A empresa, com sede em Nova York, abriu um escritório em São Paulo, em outubro.
A Jaguar atualmente tem investido de várias contas separadas, mas está agora criando um fundo mútuo. Ela espera ter entre US$ 500 milhões e US $ 1 bilhão no seu fundo de co-investimento até o final do ano, de acordo com um pessoa com conhecimento da angariação de fundos.
O fundo deverá ficar rponto no último trimestre de 2016, disse a pessoa. A Jaguar investe em empresas relacionadas a imóveis, em vez de ativos individuais.
A New York Life Insurance Co. anunciou em outubro de 2014 que iria comprar uma participação na Jaguar e comprometer-se com US$ 100 milhões para seu primeiro fundo. A Equity International encerrou vários grandes investimentos imobiliários perto do topo do mercado, incluindo participações em Brazilian Finance & Real Estate e BR Malls vendido em Julho de 2012.
Garrabrant deixou a Equity International esse ano e começou a Jaguar em 2013 em parceria com Thomas McDonald, que anteriormente era estrategista chefe da Equity International.
“Vamos fazer isso de novo”, disse Garrabrant do mercado brasileiro.
“Mas vamos fazê-lo de forma muito mais oportunista. Nós estamos dialogando nos últimos dois anos com líderes no setor imobiliário. Temos avaliado cada setor, e agora estamos avaliando alguns pontos que vemos como mais centrais para o crescimento da classe média”, disse ele.
Garrabrant recusou comentar sobre o levantamento.
Para os próximos anos, a Jaguar planeja se concentrar em mercados latino-americanos, incluindo o Brasil e a região dos Andes, e na Índia.
Com a turbulência política, há uma período de transição adiante para o Brasil, disse Garrabrant. Isso deve criar um janela de oportunidade de investimento antes dos preços dos ativos voltarem subir, disse ele.
“Acreditamos que essas nuvens passarão e nossa base de custo será baixa o suficiente para que nós possamos enfrentar o que quer que tenhamos de enfrentar. E nós achamos também que vai ser uma recuperação bastante rápida, pois é sempre assim no caso do Brasil. Porque há um grande interesse institucional no Brasil”, disse ele.
A Jaguar planeja, eventualmente, ter três ou quatro empresas da carteira no Brasil, disse. No ano passado investiu na empresa de logística LatAm Logistics Properties, que desenvolve e possui propriedades na região dos Andes.