Por Joanna Ossinger.
O JPMorgan Chase recomenda uma alocação de investimentos com risco em 2020 para aproveitar o impulso da economia global após a desaceleração dos últimos meses.
Ações são um tema comum entre as maiores apostas do gigante de Wall Street, que incluem bancos japoneses, ações alemãs e mercados emergentes, segundo relatório de estrategistas, como Nikolaos Panigirtzoglou, Marko Kolanovic e John Normand, divulgado na quarta-feira. O banco mantém recomendação underweight em títulos de dívida, principalmente em dívida corporativa com grau de investimento, e aconselhou reduzir as apostas em ouro.
“Se os riscos cíclicos ou políticos retrocederem em 2020, seria difícil para os alocadores de ativos não aceitarem maior peso em ações”, escreveram os analistas. Segundo o banco, esse é especialmente o caso considerando que as posições em dinheiro e títulos rendem “significativamente” menos do que as ações atualmente, escreveram.
Como os índices globais de gerentes de compras do setor de manufatura já atingiram o piso e o mercado de trabalho norte-americano segue forte, osriscos de recessão nos EUA diminuíram, segundo a equipe, reforçando a ideia de que os três cortes das taxas de juros feitos pelo Federal Reserve em 2019 são simplesmente um ajuste de meio do ciclo.
Em dezembro do ano passado, os estrategistas haviam recomendado uma posição positiva em ações versus títulos, com a ideia de que os ganhos continuariam a superar as expectativas. Embora os títulos tenham experimentado um rali este ano, o retorno ficou bem abaixo do índice de ações MSCI ACWI.
O JPMorgan sinalizou a eleição presidencial dos EUA como o maior risco em 2020, principalmente se uma candidata progressista como Elizabeth Warren vencer a nomeação do Partido Democrata. O banco recomenda uma posição comprada em volatilidade na dupla dólar/franco suíço como proteção contra os riscos das eleições primárias, quando os democratas escolherão seu candidato.