JPMorgan Asset abre escritórios no México e na Colômbia

Por Aline Oyamada, Paula Sambo e Felipe Marques.

A JP Morgan Asset Management abrirá escritórios no México e na Colômbia nos próximos dois meses, já que pretende aproveitar o crescimento do setor de fundos de pensão na América Latina.

Muitos países da região, excluindo o Brasil, aprovaram reformas de seus sistemas de aposentadoria que estão ajudando o segmento a crescer a taxas de 15% a 20%, de acordo com Vital Menezes, CEO da América Latina.

“Acreditamos que o ritmo de dois dígitos será mantido nos próximos 10 anos”, disse ele em uma entrevista em São Paulo, acrescentando que o JPMorgan quer ajudar esses fundos a investir no exterior. “Eles não têm alternativa porque seus mercados locais são muito pequenos”.

O banco de Nova York não está planejando iniciar fundos locais nesses dois novos escritórios e oferecerá produtos internacionais a clientes institucionais, como bancos, companhias de seguros, outras empresas de gestão de ativos e corporações. O JPMorgan Asset planeja ter cerca de quatro profissionais no México e outros quatro na Colômbia, que também atenderão clientes no Peru e na América Central. O escritório chileno já cobre Argentina e Uruguai, disse Menezes.

No Brasil, o presidente Michel Temer está enfrentando resistência ao tentar implementar uma ambiciosa agenda de reformas que inclui mudanças no sistema de aposentadoria do país. O jornal O Estado de S. Paulo disse na quarta-feira que 240 deputados se opõem à proposta do governo de reforma da previdência, e nem mesmo um projeto de lei com regras mais flexíveis passaria.

O JPMorgan administra R$ 25,8 bilhões em ativos no Brasil, de acordo com a associação de mercado de capitais Anbima. O país representa cerca de 80% dos ativos sob gestão do banco na América Latina, disse Menezes.

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