Lexus não acompanha ritmo de segmento de luxo dos SUVs

Por Hannah Elliott.

A Lexus foi, sem dúvida, a primeira fabricante de veículos a transformar os SUVs de luxo em algo essencial para as famílias das regiões suburbanas dos EUA. Seu modelo RX estreou em 1998 por US$ 43.120 — o equivalente a cerca de US$ 64.540 hoje — e vendeu mais de 1,7 milhão de unidades desde então, maior quantidade registrada por um SUV de luxo nos EUA.

Desde então, quase todas as outras marcas de luxo lançaram variações dentro do segmento, oferecendo modelos como o esportivo BMW X6 e o Range Rover Evoque, o Bentley Bentayga dourado e o poderoso Porsche Cayenne.

Os SUVs de luxo compreendem o segmento mais animador, rentável e forte do mercado automotivo da atualidade. E ainda assim o Lexus GX 460 Luxury 2017 (US$ 63.380) não consegue acompanhar o ritmo.

Glória passada

Se você quer o SUV mais rápido, mais forte, com maior eficiência de combustível ou mais luxuoso na faixa de menos de US$ 70.000, é melhor procurar em outro lado. Tente o Audi Q7, o Land Rover LR4, o Porsche Cayenne, o BMW X5 ou o excelente Volvo XC90. Todos estes modelos custam menos ou aproximadamente o mesmo que o Lexus GX 460 Luxury edition I que eu dirigi pela cidade de Nova York e no norte do estado. Mas todos têm melhor eficiência, qualidade e direção que o GX.

Não é que o GX seja um carro ruim. Ele é grande, confiável e não é feio demais. Mas ele simplesmente parece irrelevante.

Seu motor V8 de 4,6 litros com 301 cavalos de potência e 45,4 mkgf de torque não lideram a categoria, nem seu tempo de aceleração de 7,8 segundos, nem a velocidade máxima de 177 quilômetros por hora, mas pelo menos o veículo tem força suficiente para levar a reboque um barco de 24 pés (7,3 metros) ou um trailer quatro cavalos, se você quiser.

Há alguns upgrades interessantes disponíveis para o interior do carro e, se você o escolher, sugiro comprá-las, como geralmente faço nessa coluna. O Mark Levinson Surround Sound, o sistema pré-colisão, o controle de velocidade dinâmico, o alerta de saída da pista e o farol alto inteligente elevam o preço do GX que eu dirigi a US$ 68.295. São itens de luxo que valem a pena e que ajudam a esconder o fato de que o espaço de armazenagem disponível atrás da terceira fileira de assentos é mínimo e de que o sistema de informação e entretenimento (as duas telas de entretenimento para o banco traseiro são opcionais; comando de voz e Bluetooth são padrão) utiliza uma tecnologia antiga da Lexus em vez dos sistemas presentes em alguns dos sedãs mais novos da marca.

Mas eles não mudam o caráter da besta, que precisa de alguma evolução real.

Após uma semana dirigindo o veículo, cheguei a uma conclusão firme: esse GX, triste em comparação com seus pares, prova o quanto o segmento dos SUVs está competitivo atualmente. Se uma fabricante de automóveis não oferece a tecnologia e a engenharia mais recentes em cada versão de um produto, tudo nele acaba parecendo antiquado.

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