Por Marianna Aragao.
A libra caminha para uma terceira semana de declínios impulsionados pelo referendo do Brexit e registra o pior desempenho de 2016 entre as principais moedas do mundo.
A alta da libra nesta sexta-feira pouco alterou o declínio de 2,7 por cento em relação ao dólar nos quatro dias anteriores. Nesta semana, a moeda britânica superou o peso argentino como maior perdedora em relação ao dólar entre 31 pares importantes em 2016. O motivo é que os investidores continuam digerindo as consequências da decisão do Reino Unido, em referendo realizado em 23 de junho, de deixar a União Europeia.
“A libra cairá consideravelmente mais enquanto os efeitos dessa incerteza em relação aos investimentos e ao crescimento não emergirem da escuridão”, escreveu Kit Juckes, estrategista macro do Société Générale em Londres, em nota a clientes.
A libra subiu 0,3 por cento para US$ 1,2949 às 15h06 em Londres, acumulando queda de 2,4 por cento na semana e de mais de 12 por cento no ano. O pregão eliminou brevemente o ganho diário depois que o relatório do Departamento do Trabalho dos EUA mostrou um salto maior que o estimado na geração de empregos em junho.
A libra avançava 0,5 por cento para 85,24 pence por euro, a caminho de fechar a semana com uma queda de 1,6 por cento em relação à moeda do mercado comum europeu.
Na quarta-feira, a moeda britânica tocou o menor nível em 31 anos, de US$ 1,2798, depois que o fechamento de uma série de fundos imobiliários lembrou o terremoto imobiliário do início da crise financeira de 2007. A confiança do consumidor britânico teve a maior queda em 21 anos em uma pesquisa especial pós-referendo realizada entre 30 de junho e 5 de julho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira.
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