Por Vonnie Quinn, Annmarie Hordern e Grant Smith.
A Opep está cautelosamente otimista de que o pior já passou na crise do petróleo provocada pela pandemia de coronavírus, disse a principal autoridade do grupo.
As perspectivas para o mercado no segundo semestre parecem mais animadoras com a expectativa de recuperação da economia global, disse Mohammad Barkindo, secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo. O cartel e aliados estão implementando rapidamente os cortes de produção, disse.
“Aqui na Opep, continuamos cautelosamente otimistas de que o pior já passou”, disse Barkindo em entrevista à TV Bloomberg de Viena na sexta-feira. “O que vimos em abril foi extraordinário”, mas os membros do grupo “aceitaram o desafio”.
A Opep+ vai analisar todas as opções quando se reunir novamente em junho, disse Barkindo. Os cortes da produção de 9,7 milhões de barris por dia iniciados em 1º de maio devem desacelerar gradualmente após dois meses. É prematuro dizer se o grupo pode decidir mudar esse plano, afirmou.
O cartel pretende avaliar o estado da economia global, a força da recuperação da demanda por petróleo e a evolução da pandemia de coronavírus nas discussões, disse Barkindo.
“O cenário para o segundo semestre do ano começa a parecer animador e positivo de que haverá uma recuperação”, disse.
Os membros do grupo têm implementando rapidamente os cortes, disse o secretário-geral. Com os cortes voluntários adicionais em junho anunciados pela Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait, além de reduções em outros países, incluindo os EUA, a oferta global total cairá 17,2 milhões de barris por dia, disse.