Ligações de moeda mais forte com commodities mais fracas implicam mais sofrimento em FX

Por Ralph Cope.

O desempenho das economias e das moedas latino-americanas está, há muito tempo, amarrado aos preços globais de commodities, com as commodities historicamente puxando as principais moedas da América Latina para baixo.

Durante a última queda das commodities, o Índice de Moedas da América Latina Bloomberg JPMorgan estava se movendo em sintonia com o Índice de Commodity da Bloomberg. A correlação − com base em um estudo de 120 dias − entre os dois índices está no seu ponto mais alto desde novembro de 2012, mostram as análises da Bloomberg. Dito isso, pistas sobre os preços das commodities do mercado de opções podem estar sinalizando outra baixa para as moedas.

O custo de comprar proteção contra a queda sobre uma série de matérias-primas que são fundamentais para o PIB da América Latina subiu em julho, o pior mês do calendário do setor de commodities desde setembro de 2011.
 

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O segundo gráfico mostra o custo crescente do uso de opções para se proteger de uma queda de preço de 10 por cento em commodities durante o próximo mês. Os níveis implícitos de volatilidade mostram sinais de estresse em cobre, açúcar e café − mercadorias dominadas, pelo lado da oferta, por Chile e Brasil −, bem como estanho e petróleo, importantes para a região. Todos terminaram julho perto das máximas do mês, o que significa que os negociadores têm ficado ainda mais pessimistas com os preços das commodities.

Isso pode significar que há, ainda, mais espaço para cair para moedas como o peso mexicano, que atingiu um ponto mais baixo depois de cair 9,7 por cento no ano até 6 de agosto, ou o real, em baixa de 25 por cento e no menor patamar em 12 anos.
 

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