Mercado de swaps no México é severo na perspectiva de preço

Por George Lei.

A inflação mexicana é a mais baixa dos últimos 40 anos, o peso está claramente capenga e o crescimento é anêmico, por isso há pouca pressão para aumentar as taxas, especialmente antes de uma decisão do Federal Reserve. No entanto, as taxas de swaps do mercado local contam uma história completamente diferente.

O Banco do México manteve sua política de segurar as taxas no dia 21 de setembro, em decisão unânime baseada no prognóstico de 26 economistas consultados pela Bloomberg e seguindo as pegadas do FED. A expectativa é que o Banco Central Mexicano suba a taxa de juros do mercado de swaps 0,25 pontos percentuais na próxima reunião no dia 19 de dezembro. Enquanto isso, os futuros dos fundos do Fed estimam em 44 por cento a probabilidade de a economia norte-americana decolar em dezembro.

Essa divergência se alarga ao longo do tempo, culminando em precificações dos mercados de swaps cinco vezes maiores em comparação ao aumento das taxas em 0,25 pontos percentuais, que devem ocorrer até o final de 2016. Enquanto isso, o Fed espera crescer menos de três vezes no mesmo período. Em outras palavras, o Banxico vai saltar quase o dobro do Fed.

Isso parece um exagero. Mas há uma razão para o México aumentar as taxas: para manter-se atraente em comparação ao Fed, evitando a saída de capitais e a potencial instabilidade, caso a diferença entre as taxas mexicanas e norte-americanas aumentem de forma significativa.
 

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O aumento das taxas duas vezes maior que o ritmo do Fed não segue os fundamentos, especialmente em um momento em que o crescimento da economia mexicana deverá manter-se baixo, em 2,3 por cento este ano e 2,8 por cento no próximo, de acordo com o último levantamento divulgado pela Banamex nesta terça-feira. Enquanto isso, a inflação continua em queda, afastando-se cada vez mais da meta de 3%.

O presidente do Banco Central mexicano, Agustín Carstens reiterou em 28 de agosto que o país poderia antecipar a decolagem do Fed, caso surgissem forças de mercado desestabilizadoras, ou se o peso fraco eventualmente passasse a afetar a inflação. No entanto, nehuma dessas condições ocorreu durante o mês passado. O peso valorizou mais de 2 por cento depois de bater um recorde de baixa de cerca de 17,3 em relação ao dólar americano, em 26 de agosto. Carstens disse, após as decisões de 21 de setembro, que as condições domésticas não justificam um aumento da taxa agora.

Carstens não descartou uma elevação preventiva para estabilizar a moeda, o que torna compreensível que o mercado mexicano assuma que exista alguma probabilidade de aumento antes do Fed. Mas tudo sugere que as taxas de um e dois anos de swap do peso estejam fadadas a cair significativamente.

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