Mês recorde para as exportações brasileiras de milho e café

Histórico

Os produtores brasileiros de commodity tiveram um mês recorde em termos de exportações globais em outubro, auxiliado pela desvalorização do real, o que tornou os preços mais atraentes para compradores estrangeiros. Até mesmo os Estados Unidos, o maior produtor mundial de milho, realizou uma rara compra em outubro. Além disso, os produtores brasileiros de polpa de celulose tiveram o segundo melhor mês da história, representando um bom presságio para os produtores de commodity que negociam no mercado de ações do Brasil.

No entanto, o otimismo foi abalado com as especulações de que Joaquim Levy, ministro da Fazenda do país que tem sido fundamental nos esforços do governo para evitar outro rebaixamento nas classificações de crédito, estava planejando deixar o cargo no ano que vem. Tais rumores influenciaram negativamente o mercado acionário brasileiro, mas foram logo dissipados quando a presidente Dilma Rousseff declarou que Levy continuará no comando do Ministério da Fazenda de seu governo. Isso acabou provocando uma alta nas ações ao elevar as esperanças de que Levy poderia obter apoio para as medidas destinadas a reduzir o déficit. Uma votação no Congresso em aprovação às restrições de gastos da presidente Dilma também ajudou a elevar os valores das ações.

Qualquer ganho no mercado brasileiro poderia ser atenuado, considerando que o crescimento econômico chinês encontra-se no ritmo mais lento de seus últimos 25 anos e que o Brasil está a caminho de retrair-se ainda mais. Espera-se que as exportações mundiais passem por uma redução de demanda com as dificuldades da China.

A questão

Ainda que os produtores de commodity tenham tido uma vigorosa atividade de vendas graças, em parte, a um real fraco, há preocupações de que a demanda global por commodities entre em declínio com a contração da economia chinesa.

“Os fundamentos estão tendo sua importância um pouco reduzida no debate e nas atividades de bancos centrais”, comentou Sean Lynch, chefe adjunto de capital global para o Wells Fargo Investment Institute em uma recente entrevista para a a Bloomberg. “Estamos começando a ver algumas fissuras em mercados emergentes. Acredito que a China tenha uma grande influência sobre as commodities, mas há outros fatores que estão causando ventos não favoráveis nesse mercado, como o dólar, por exemplo.”

Monitoramento do impacto

As ferramentas e funções do Bloomberg podem ajudar os negociantes a analisarem o fluxo brasileiro de comércio de commodities diante das preocupações sobre uma esperada contração ainda maior da China e de sua própria economia.
 
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