Por Eric Martin.
O México ordenou na quinta-feira que o embaixador da Coreia do Norte deixe o país em 72 horas em resposta aos últimos testes nucleares do país asiático.
O embaixador Kim Hyong Gil foi declarado persona non grata e terá que desocupar a embaixada na Cidade do México, informou o Ministério de Relações Exteriores em comunicado enviado por e-mail. O México afirmou que rejeita totalmente a atividade nuclear da Coreia do Norte, classificando-a como um sério risco para a paz e a segurança internacional e uma crescente ameaça para a região, inclusive para o Japão e a Coreia do Sul, seus “aliados fundamentais”.
A expulsão ocorre em um momento em que o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, pressiona os países a cortarem laços diplomáticos e econômicos com o regime de Kim Jong Un por causa do programa de mísseis e armas nucleares da Coreia do Norte. No mês passado, durante viagem à região, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, instou os líderes latino-americanos a romperem todos os laços diplomáticos e econômicos com a Coreia do Norte.
Os EUA querem que o Conselho de Segurança das Nações Unidas amplie as sanções econômicas na reunião de 11 de setembro. Os EUA estão circulando um projeto de resolução da ONU que impediria o envio de petróleo à Coreia do Norte, proibiria as exportações de produtos têxteis do país e vetaria o emprego de seus trabalhadores convidados por outros países, segundo um diplomata do órgão internacional.
Ainda há dúvidas em relação a que ponto o Conselho de Segurança chegará para punir o regime de Kim após a realização do sexto e mais poderoso teste nuclear da Coreia do Norte, no domingo. A Rússia e a China se opuseram a tomar qualquer medida que possa provocar o colapso do regime de Kim. Analistas afirmaram que a China poderia concordar apenas com uma proibição parcial ou temporária às exportações de petróleo.
O México exortou o Conselho de Segurança a adotar medidas para resolver a crise da Coreia de forma pacífica.
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