México sob risco de corte de rating enquanto S&P cita crescimento lento

Por Christine Jenkins e Nacha Cattan.

O México está sob risco de um corte no rating de crédito após a S&P Global Ratings revisar a perspectiva do país para negativa, citandoo “decepcionante” crescimento econômico e estoque de dívida crescente.

O peso estendeu as perdas e o custo para um hedge contra perdas nos bonds do país cresceu após a S&P afirmar que há ao menos uma em três chances de um rebaixamento nos próximos dois anos se a dívida do governo aumentar mais que o previsto. O rating BBB+ da S&P para o México, três degraus acima do patamar considerado como lixo, já é um nível abaixo da Moody’s Investor Service. A Fitch Ratings dá ao México a mesma nota da S&P, com perspectiva estável.

Pampa planeja primeiro acordo de bonds para financiar aquisição, dizem fontes

Por Pablo Gonzalez.

A Pampa Energia está planejando sua primeira oferta de bonds, o que pode acontecer por volta de novembro, para ajudar a pagar um empréstimo-ponte que financiou a aquisição da unidade argentina da Petrobras, de acordo com duas pessoas com conhecimento do assunto.

A maior empresa de eletricidade da Argentina pode emitir até US$ 500 milhões em notas, que serão usadas parcialmente para pagar um empréstimo de 18 meses de US$ 750 milhões, adquirido no mês passado para pagar pela Petrobras Argentina SA, disseram duas pessoas, que pediram para não ser identificadas porque a informação não é pública. Um representante da Pampa Energia não quis comentar.

A companhia planeja ofertar as notas como ativos de sete anos, que podem ter um yield de 7,5%, em linha com as notas de US$ 500 milhões e juro de 7,375% emitidas em julho pela Petrobras Argentina, com a mesma maturidade. Desde que foi emitida a 99,33 centavos de dólar, essas notas aumentaram para 103 centavos e têm um yield de 6,7%, de acordo com o Trace, sistema de preços de bonds da Autoridade Reguladora da Indústria Financeira.

Deutsche Bank, Citigroup, Industrial and Commercial Bank of China, Grupo Financiero Galicia, Credit Agricole e Banco Hipotecario são os bancos que providenciaram o empréstimo-ponte e que organizarão a venda de bonds.

Os garotos de Wall Street do Peru têm um luminoso sinal de compra do JPMorgan

Por John Quigley.

Menos de um mês depois de o Peru inaugurar Pedro Pablo Kuczynski como presidente, o JPMorgan está insistindo para que os investidores comprem grandes quantidades de bonds do país.

O movimento vem ao mesmo tempo em que Kuczynski, que foi o CEO do First Boston nos anos 90, planeja fortalecer a infraestrutura e os investimentos em mineração para impulsionar o crescimento em uma economia que já apresenta a expansão mais rápida da América Latina. Ele também melhorou a confiança dos investidores ao indicar Alfredo Thorne, um ex-head de research no JPMorgan, como ministro de Finanças.

As notas do Peru saltaram 19% nesse ano, enquanto a eleição de Kuczynski em junho deflagrou o otimismo de que o país conseguirá encolher o déficit orçamentário, que inchou para uma máxima em 16 anos em meio à queda nas exportações de cobre e ouro. O analista do JPMorgan Franco Uccelli diz que investidores deveriam aumentar a exposição em bonds do Peru, tendo em vista que eles terão performance acima dos mercados emergentes.

Macri enfrenta resistência, sinalizando riscos para os otimistas em bonds

Por Carolina Milan.

Os investidores em bonds podem ter que moderar seu otimismo quanto à Argentina, tendo em vista que o presidente Mauricio Macri enfrenta resistência às suas amplas mudanças econômicas.

Em 18 de agosto, a Corte Suprema do país ordenou que o governo reinstalasse os subsídios de gás natural para os consumidores, porque os oficiais não respeitaram as audiências necessárias antes de removê-los em março. Os subsídios, que equivalem a cerca de 1,5% do PIB da Argentina, têm se tornado um dos assuntos mais controversos durante os oito meses de Macri na administração, especialmente após um incomum inverno frio fazer as contas de gás saltarem em mais de 500%. A decisão é uma derrota para Macri, que procura controlar o maior déficit orçamentário em cerca de duas décadas e desfazer políticas colocadas em prática pelo seu predecessor, que deterioraram as finanças argentinas.

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