Minério de ferro crava nível mais alto desde 2014 com Vale

Por Jake Lloyd-Smith e Krystal Chia

Futuros de minério subiram mais de 5% para nível mais alto desde 2014 sob a preocupação de que a crise cada vez mais severa da Vale reduzirá o fornecimento global, trazendo condições mais apertadas ao mercado transoceânico e compensando o impacto de uma desaceleração na China, o maior importador.

A Vale invocou força maior no início desta semana depois que um juiz a forçou a suspender algumas operações em Brucutu – um movimento que pode resultar em uma perda anual de 30 milhões de toneladas. Isso se soma a uma redução anterior de 40 milhões de toneladas após o rompimento barragem. Além disso, a Vale teve sua licença para operar uma represa em Brucutu revogada por um regulador estadual.

À medida que a crise se intensificou, os bancos aumentaram previsões de preço, com o Citigroup elevando sua projeção em 40% a US$ 88 em 2019 por tonelada e levantando a possibilidade de que a interrupção das operações da Vale pode ainda piorar e durar anos.

Risco Maior

Um grande risco é que a operação de Brucutu possa ser “a primeira de muitas das minas da Vale a ver sua produção parada”, e há também a perspectiva de que regulamentações mais rigorosas possam afetar os suprimentos de outras mineradoras, disse o Citi em nota, em seu cenário bull, que tem probabilidade 30% de chance de ocorrer. A produção da Vale cairá 40 milhões de toneladas este ano, estima o banco.

Futuros avançaram 5,8% para US$ 94 a tonelada em Cingapura, a maior alta desde agosto de 2014. Até agora, os preços subiram 8,9%, após alta de 14% na semana passada.

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