Fed fala sobre as taxas de juros: a decisão depende de dados

Por: Jose Enrique Arrioja.

 

Se os dados econômicos forem positivos, o banco central vai finalmente aumentar as taxas de juros, disse o presidente do New York Federal Reserve Bank, William Dudley, no início da Americas Monetary Summit da Bloomberg, na segunda-feira, 20 de abril. O evento contou com líderes de bancos centrais do Canadá, Chile, Colômbia, Peru e Estados Unidos, assim como o Ministro da Fazenda do Brasil.

Nada está definido ainda, Dudley disse, pois ainda existem vulnerabilidades em várias economias de mercado emergentes importantes. O momento para o aumento das taxas depende de dados, disse ele à multidão de mais de 150 clientes, funcionários e imprensa na sede da Bloomberg. O Fed vai mudar as taxas de juro de curto prazo, quando necessário, para gerar condições de mercado financeiro para ajudar a combater a inflação e aumentar o emprego, acrescentou.

A moeda mais valiosa nos mercados financeiros é a informação confiável, disse Michael R. Bloomberg, fundador e CEO da Bloomberg LP, que abriu o evento. Notícias exclusivas são informação crítica para os investidores e eventos como o Americas Summit gera conhecimento valioso sobre o mercado. Essa transparência aumenta a confiança dos investidores no mercado e resulta em uma melhor tomada de decisão, o que leva a um maior crescimento econômico, disse ele.


Jose Enrique Arrioja, Bloomberg News Editor-at-Large, Latin America

O Ministro da Fazenda do Brasil, Joaquim Levy, disse que o Brasil está seguindo na direção certa, e que o Congresso precisa aprovar os cortes de benefícios sociais e um aumento de impostos para garantir que a meta fiscal deste ano seja cumprida. Os ajustes fiscais acontecem em um momento em que o Brasil se encontra em um contexto da maior recessão em 25 anos.

Para o Governador do Banco Central do Canadá, Stephen Poloz, o maior risco para as perspectivas de política monetária do seu país é na realidade uma notícia boa: A economia dos EUA tem se mostrado mais forte do que o esperado. Ele também sinalizou que o “seguro’’ retirado em janeiro com o corte da taxa de 25 pontos base foi correto.

O Governador do Banco Central Chileno, Rodrigo Vergara, disse que quando o preço das commodities começou a cair, a economia chilena começou a se enfraquecer. Ele espera que a economia chilena volte ao normal, o que pode acontecer quando a economia dos EUA tiver um bom desempenho, disse Vergara.

O Governador do Banco Central da Colômbia, José Darío Uribe, disse que a Colômbia está bem posicionada para ter uma taxa de câmbio flexível e que ele se sente confortável com a depreciação do peso. Ele acrescentou que o Fed dos EUA está fazendo um bom trabalho em ser o mais transparente possível e tentando minimizar o impacto.

O Governador do Banco Central do Peru, Julio Velarde, concordou e disse que o mercado financeiro peruano já considerou a possibilidade de um aumento da taxa do Federal Reserve dos EUA.

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