O longo braço da MiFID II: impactos extraterritoriais

Por Gary Stone, Chief Strategy Officer de Bloomberg Trading Solutions, Mark Croxon & Philip Cenatiempo

A extensão das implicações extraterritoriais da MiFID II é mais uma razão pela qual um atraso na implementação será de importância crucial para uma transição ordenada e bem-sucedida dos mercados financeiros europeus diante do novo ambiente regulatório.

Muitos aspectos da MiFID II serão aplicáveis a empresas não pertencentes à UE, desde as regras de comissoes às obrigações para empresas não pertencentes à UE que executam ordens para seus clientes na União Europeia, ou que executam instrumentos financeiros com dupla listagem.

Gestoras que administram empresas globais já perceberam há algum tempo que a MiFID II afetará a forma como os negócios são conduzidos globalmente. Eles estão agora fazendo amplos planos, mas está se tornando evidente a necessidade de orientação para criação de políticas de compliance e fluxos de trabalho de implementação.

Além disso, os participantes que administram as empresas nacionais de investimento não pertencentes à UE estão começando a ver que eles também podem ter obrigações provenientes de seus clientes estabelecidos na UE. Os departamentos de conformidade de muitas empresas baseadas na UE estão contemplando pedir mudanças na forma como as suas contrapartes não pertencentes à UE fazem negócios com eles, a fim de estar em conformidade com as regras da MiFID II.

Por exemplo, uma corretora do mercado interno nos EUA que executa pedidos originados na UE pode ser solicitada pela contraparte na UE a fornecer trilhas de auditoria para vigilância de negociação das execuções em títulos com listagem dupla. Da mesma forma, um gestor de fundos da UE fazendo uma alocação de investimentos para uma gestora de ativos com base na Ásia pode pedir relatórios de execução mais apurados e, dependendo da orientação final para os atos delegados, pode solicitar até mesmo a conformidade com as regras de ” negociação do uso de comissão”.

Para auxiliar as empresas a obter mais clareza sobre a forma como elas podem ser afetadas, resumimos sete possíveis situações onde a MiFID II vai, direta ou indiretamente, ser aplicada a empresas não pertencentes à UE (“entidades off-shore”) na tabela a seguir.

http://www.bloomberg.com/professional/blog/the-long-arm-of-mifid-ii-extraterritorial-impacts/

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