O sell-side quer mais de seu OMS

Markets Media.

Em um esforço para aumentar a eficiência e oferecer mais serviços ao buy-side, os corretores de sell-side estão pedindo que seus sistemas de gestão de ordens (Order Management System, OMS) façam mais do que apenas processar e encaminhar ordens.

Seguindo mais o caminho da evolução do que da revolução, fornecedores e corretores de OMS que desenvolvem seus próprios sistemas estão incorporando recursos, como análise de custo de negócio e monitoramento de compliance. O buy-side está adotando esses novos desenvolvimentos, segundo Richard Johnson, vice-presidente de estrutura de mercado e tecnologia da Greenwich Associates.

Um relatório recente da Greenwich concluiu que as corretoras vem exigindo que as plataformas de OMS suportem várias classes de ativos, forneçam pré-negociação, análises em tempo real e pós-negociação, e uma ampla gama de funções sofisticadas, entre elas análise de risco, conformidade, relatórios e custos de transação.

“O que fizemos foi olhar além do OMS e observar a evolução de um sistema muito básico para um sistema mais sofisticado”, Johnson informou ao Markets Media. “E eles estão fazendo isso usando várias classes de ativos – não se trata mais apenas de ações.”

Os novos sistemas são mais personalizáveis e fazem coisas como exportar dados para outros aplicativos de desktop, ele acrescenta.

Quais?

Gestão de risco e conformidade. Com o foco regulatório em compliance, ferramentas que alertam os traders sobre padrões de más práticas de mercado podem ser um diferencial para fornecedores de OMS de sell-side e também ajudam a reduzir riscos para grandes corretoras. Isso requer que o sell-side monitore de perto e com mais frequência coisas como uso de capital, valor nocional total negociado, ordens por segundo, índices de crédito e dados de limite de negociação do cliente.

“Esperamos que as equipes de compliance no sell-side exijam processos mais detalhados e auditáveis”, informou Johnson. “Relatórios robustos e personalizáveis no OMS reduziriam pontos de falha, otimizariam o fluxo de trabalho e se comprovariam mais escaláveis à medida que o negócio evolui.”

Tudo isso ocorre em um momento em que as corretoras estão sob pressão para fazer mais com menos. Restrito ao crescimento estável das comissões, o corretor vem passando o ônus desse movimento em direção à maior conformidade para os fornecedores e sistemas de OMS.

Sendo assim, essa mudança para um OMS mais potente vai substituir funcionários e enxugar o negócio de corretagem?

“Pelo contrário, em se tratando da equipe de conformidade, na verdade o sell-side está aumentando o número de funcionários”, Johnson informou ao Markets Media. “Com esse foco renovado na conformidade entre os bancos e corretores, existe a necessidade de ter mais pessoal, especialmente à medida que mais dados são gerados e precisam ser interpretados.”

Portanto, o sell-side está herdando outro custo do negócio, consumindo margens de lucro já reprimidas. Johnson comentou que o novo custo do negócio não é limitado apenas ao sell-side, pois as mesas de operações do buy-side também verão os custos do aumento de conformidade chegarem a elas eventualmente. Por enquanto, esse é um problema dos corretores.

“Os corretores vão precisar ser mais cuidadosos e seletivos quanto aos fornecedores de OMS que vão selecionar para cumprir essas exigências de forma eficiente”, disse Johnson. “A empresa de sell-side moderna não poderia fazer negócios sem um OMS… O papel crucial que ela desempenha torna ainda mais importante que os corretores façam escolhas sábias para as suas necessidades de negócios e seu orçamento.”

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