Onde as pessoas mais ricas do mundo passam os fins de semana

Por James Tarmy.

Agora que Hamptons virou sinônimo de riqueza, lazer e preços imobiliários estratosféricos, não surpreende que corretores de todo o mundo estejam ansiosos para associar suas próprias ofertas à área.

“Hamptons representa para Nova York o mesmo que Wine Country para São Francisco”, disse Ginger Martin, corretora da Sotheby’s que representa anúncios na área de Sonoma/Napa Valley, a cerca de uma hora e meia ao norte de São Francisco. “Faz muito tempo que eu digo isso.”

Martin disse que ela não está se referindo exatamente à riqueza atraída por essa região da Califórnia, e sim à proximidade a uma cidade, seu status como destino e seu papel como “um lugar para sair do Vale do Silício e relaxar”, disse ela. “É um lugar para o fim de semana.”

Essa é a ideia do que Hamptons de verdade representa, mas de forma extrema. A cerca de duas horas de Nova York, a fina faixa de vilas de férias com trânsito congestionado na parte sul de Long Island tem praias gigantescas, excelentes restaurantes e, mais importante, é acessível de carro, avião e helicóptero.

O que torna a área particularmente merecedora de servir de exemplo é o fato de ser “muito luxuosa, mas muito discreta”, disse Michaela Keszler, corretora imobiliária da empresa Douglas Elliman em Southampton. Quem sai de casa, diz ela, “pode ter uma grande vida social se quiser, mas também muita privacidade e silêncio”.

O que faz um ‘estilo Hamptons’

Toda cidade com uma classe rica tem um equivalente a Hamptons, seja Sylt, a ilha do Mar do Norte preferida da elite de Hamburgo; Ojai, um discreto destino de celebridades de Los Angeles; ou Lake Garda, o lugar preferido dos titãs da indústria de Milão. Muskoka, uma cidade no Lago Joseph, na região de rochas cinzentas do Escudo Canadense, tem atraído cidadãos ricos de Toronto e outras partes. São Sebastião, a três horas de viagem de São Paulo, é uma cidade com uma faixa de 100 quilômetros de praias de areia branca pontilhada pelas mansões dos super-ricos do Brasil.

Você poderia pensar que o equivalente a Hamptons de Paris seria o sul da França, onde os ricos da cidade convivem com uma mistura diversificada de milionários internacionais, bilionários e seus amigos parasitas. Mas na verdade eles preferem ir para a costa norte da Bretanha, a uma comuna chamada Dinard, que “é um lugar completamente parisiense”, disse Alexander Kraft, presidente do conselho e CEO da Sotheby’s International Realty France-Monaco. “Por exemplo, toda a família de [François] Pinault tem várias casas lá.”

A proximidade de um destino de férias com uma cidade é um fator importante. E para os corretores que estão fazendo a comparação, os preços dos imóveis são quase igualmente importantes. Hamptons é um bom investimento”, disse Keszler. “Dependendo de sua localização, é claro, os preços estão realmente se mantendo elevados.”

Ainda assim, um argumento forte é que o único Hamptons possível é o próprio Hamptons. Não por sua cena social, nem por suas mansões de US$ 60 milhões, mas por algo mais prosaico: “Cheguei aqui em 1992”, disse Keszler. “E fiquei muito impressionada com a beleza das praias e com a luz. Esse lugar realmente tem uma luz especial.”

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