Veja aqui os highlights da decisão do Copom:
- Copom deixa Selic inalterada em 6,5% e mantém tom neutro, sem surpresas
- BC repete que “os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”
- Sobre o impacto da greve dos caminhoneiros na inflação, BC diz que embora estejam se revelando temporários, será importante acompanhar os efeitos ao longo do tempo e “avaliar o possível impacto mais perene de choques sobre a inflação”
- Projeção do Copom para o IPCA de 2019 subiu de 3,7% na reunião anterior para 3,8% agora e se manteve em torno de 4,2% para 2018; mudança é vista como pequena para causar pressão na curva de juros
- Sobre cenário externo, diz que houve certa acomodação no período recente, mas continua desafiador
A nossa visão é que juros fica estável pelo menos até a eleição. Próximos passos serão condicionais ao resultado da eleição/reação dos preços de ativos.
Isabela Guarino, economista da XP, diz que BC continua deixando em aberto os próximos passos da política monetária.
Curva de juros mostra que o prêmio é pequeno para a próxima reunião e a reação deve ser pequena do mercado. A tendência é do prêmio ir se exaurindo, com ocorreu apra esta reunião. Talvez possamos ver leve ajuste na curva por causa desse Copom, dependendo do externo, claro. Olhando o fator Copom, no entanto, não parece haver razão para haver reajuste significativo nos ativos.
Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Mizuho
Acredito que o comunicado tenha vindo dentro do esperado pelo mercado, portanto o impacto na curva doméstica de juros deve ser marginal.
Leonardo Sapienza, economista-chefe do Votorantim
BC se mostrou mais confortável com relação à confirmação da temporariedade do choque de inflação da greve dos caminhoneiros, o que pode ser lido como mais dovish. Por outro lado, os riscos vindos do cenário externo e eleitorais mantêm o Copom em alerta e sem se amarrar com a estabilidade do juros nesse patamar nas próximas reuniões.
David Cohen, sócio-gestor da Paineiras Investimentos
Em uma situação com números razoavelmente bem ajustados e próximo de uma eleição dessas, quanto menos o Copom aparecer, melhor.
Ivo Chermont, economista-chefe da Quantitas Gestão
A decisão de taxas de juros no Brasil coincidiu com a decisão de taxa de juros americanas, com ambas se mantendo inalteradas, assim como o spread. Analisando a evolução do spread entre as duas taxas desde Janeiro vemos que este se reduziu de 812 bps ao piso atual de 462 bps, explicitando a forte redução no carry das posições compradas em BRL.
O spread se manteve
Clientes da Bloomberg conseguem acessar a cobertura completa em tempo real do Copom através da função TLIV.