Otimismo tem limite à medida que Brasil desiste de venda de bonds avaliados como “lixo”

Por Julia Leite.

Os investidores em bonds corporativos do Brasil estão mostrando que seu otimismo tem limites. A fornecedora de carros e equipamentos Ouro Verde Locação e Serviços e a empresa de logística JSL desistiram de vender dívida pela primeira vez nos mercados internacionais, reportou o Valor Econômico em 29 de setembro.

O cancelamento da oferta de bonds das companhias classificadas como “lixo” sugere que os investidores que entraram no Brasil nesse ano ainda fogem de algumas das dívidas mais arriscadas do país. Os empresários captaram US$ 7,55 bilhões no mercado de bonds norte-americanos com 10 vendas no terceiro trimestre, o maior número em dois anos, à medida que eles capitalizam no otimismo dos investidores de que um novo governo reanimará o crescimento econômico. Ainda assim, muitos compradores de bonds se tornaram desconfiados quanto a emissores de primeira viagem classificados abaixo de investment grade.

A Ouro Verde planejava vender US$ 300 milhões em bonds de cinco anos, uma pessoa com conhecimento do assunto afirmou em 22 de setembro. A assessoria de imprensa da companhia não respondeu a chamadas telefônicas e um e-mail buscando comentários sobre a venda de dívida.

A JSL estava considerando vender bonds após um encontro com investidores na Ásia, Londres e EUA, uma pessoa familiar com os planos da empresa disse em 7 de setembro. Em comunicado por e-mail, a JSL afirmou que está constantemente observando as condições de mercado e não descarta vender bonds no futuro próximo.

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