Ouro ganha desafiante pelo posto de metal mais precioso

Por Marvin G. Perez.

A disputa pela oferta de paládio deixou o metal precioso a uma distância impressionante de seu primo mais caro – o ouro.

O paládio, usado como autocatalisador em veículos movidos a gasolina, atingiu um patamar recorde pela quarta vez neste mês em um momento em que os usuários do metal precioso competem por uma oferta limitada. Os investidores continuam retirando a commodity dos fundos negociados em bolsa, levando os ativos ao menor nível em quase uma década. O custo de empréstimo da matéria-prima por um mês subiu para mais do que o triplo do rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA.

“É um mercado muito apertado, não há oferta suficiente para o número de compradores atual”, disse Daniel Ghali, estrategista da TD Securities em Toronto, em entrevista por telefone. “Com esse aperto, é preciso muito pouco para movimentar este mercado” devido ao baixo volume negociado, disse.

O paládio para entrega imediata subiu 1,8 por cento na sexta-feira, para um recorde de US$ 1.204,71 a onça, antes de se fixar em US$ 1.181,09, segundo os preços da Bloomberg. O ouro à vista fechou em US$ 1.220,52. Cada onça do metal amarelo comprava apenas 1,013 onça de paládio, a menor relação desde 2002.

No mercado de futuros, o paládio para entrega em março caiu 0,6 por cento, para US$ 1.144,60 a onça, na Bolsa Mercantil de Nova York. O ouro para entrega em fevereiro fechou em queda de 0,4 por cento na Comex, a US$ 1.226 a onça, porque o dólar forte derruba as commodities.

Os fundos de hedge e outros grandes especuladores ampliaram a posição otimista líquida para o paládio pela quarta semana consecutiva, para 13.824 contratos futuros e opções, segundo dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) publicados na sexta-feira. Foi o maior nível desde março.

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