Por Noah Buhayar e Agnel Philip.
Um grupo formado pelos líderes mais poderosos da indústria financeira dos EUA, composto por Warren Buffett e Laurence D. Fink, divulgou um conjunto de recomendações que chamam de “bom senso” para que as empresas de capital aberto melhorem suas práticas de governança corporativa e as relações com os acionistas.
Fink, da BlackRock, Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, e Buffett, da Berkshire Hathaway, estão entre os 13 executivos que publicaram em conjunto uma carta e um relatório na quinta-feira. Entre as sugestões, os líderes pedem que as empresas de capital aberto evitem projeções de lucros de curto prazo, adotem a transparência corporativa e apoiem conselhos de administração independentes.
“Compartilhamos a opinião de que o diálogo construtivo exige que se encontre terreno comum — um ponto de partida para fomentar o crescimento econômico que beneficie acionistas, funcionários e a economia como um todo”, diz a carta. “Com essa finalidade, trabalhamos para encontrar princípios de bom senso”.
Fink, que administra a maior gestora de ativos do mundo, já incentivou os CEOs, em uma carta enviada no início do ano, a deixarem de anunciar guidance e a concentrarem o foco em objetivos de longo prazo. Na carta desta quinta-feira, os executivos disseram que, se divulgam guidance, as empresas devem evitar previsões infladas e suas projeções devem ser realistas.
“Nossos mercados financeiros ficaram muito obcecados com as projeções trimestrais de lucro”, diz a carta. “As empresas não deveriam se sentir obrigadas a oferecer guidance — e deveriam fazê-lo apenas se acreditarem que essa informação beneficia seus acionistas”.
Divulgação de remunerações
Em outra das recomendações, os líderes pedem que as empresas incluam as compensações com ações em balanços não GAAP. Os membros do grupo disseram também que prefeririam que as empresas não tivessem várias classes de ações, porque isto garante mais força em votações a alguns acionistas.
Entre os demais executivos que fizeram parte dessa carta pública estão líderes da General Motors, da General Electric e da Verizon Communications. Entre as empresas de gestão de patrimônio cujos executivos participaram estão a Capital Group, a Vanguard Group e a T. Rowe Price Group.
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