Para gestora de US$ 200 bi, juro pode subir menos nos EUA

Por Narae Kim e Eric Lam.

A ausência de impulso sustentado à economia dos EUA pode forçar o banco central (Federal Reserve) a moderar seu plano de elevar os juros, de acordo com a Pictet Asset Management.

“Enquanto os bancos centrais estão de fato apertando, a criação privada de crédito – ainda que os bancos estejam muito saudáveis em termos de balanços patrimoniais – não está ganhando velocidade”, disse Andy Wong, gestor sênior de investimentos da Pictet, que em março supervisionava aproximadamente US$ 200 bilhões em ativos. O Fed “será mais pragmático e menos rigoroso, se necessário”, à medida que a expansão mais lenta do crédito prejudicar o crescimento econômico, ele explicou.

Em entrevista, Wong fez os seguintes comentários sobre estratégias de investimento:

– O setor de semicondutores se tornou “ideológico”, com uma equação ruim entre risco e retorno para o investidor, devido à briga entre EUA e China pelo domínio de tecnologia de ponta, como exemplificado pelo caso recente da ZTE.

– Os títulos chineses estão atraentes, uma vez que o governo está “vigilante” na gestão da liquidez e do crescimento econômico, além de manter a estabilidade do yuan. “Mais importante, é uma classe de ativo sem correlação” quando comparada com outros investimentos.

– Com a alta dos juros no mundo todo, “inevitavelmente será desejável voltar para o mercado desenvolvido” em se tratando de ações.

– As ações chinesas especificamente exigem cautela, em parte por causa da tensão comercial entre EUA e China.

– Ações de empresas ligadas a energia e matérias-primas são investimentos “razoáveis” porque esses segmentos implementaram economias de custos e agora colhem esses frutos. Esses papéis oferecem “bom dividendo e boa proteção contra inflação e riscos geopolíticos – portanto, são uma boa maneira de construir a carteira”.

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