Paridade de gênero em liderança de energia global só em 2090

Por Andrew Janes.

Há algumas boas notícias, mas muitas outras frustrantes para os que se preocupam com a diversidade de gênero no setor global de energia, segundo um novo relatório.

No lado positivo, a representação de mulheres em conselhos de administração, cargos de diretoria e alta gerência está em ascensão, disse a S&P Global em relatório divulgado na segunda-feira. A parcela de mulheres que ocupam cargos de diretoria ou nível executivo quase dobrou desde 2000 e corresponde a 15% e 13%, respectivamente.

Mas não fiquemos muito animados. Com base nas tendências atuais, as mulheres só irão representar metade dos cargos de diretoria de empresas de energia em 2058. E não terão paridade em cargos de diretoria ou gerência de nível executivo antes da década de 2090.

Tais descobertas não são muito surpreendentes para o setor de energia, onde há muito impera a cultura do “Clube do Bolinha”. Em comparação, as mulheres representavam cerca de um em cada cinco cargos de diretoria em todas as empresas americanas, de acordo com estudo de 2018 realizado pela McKinsey & Co, e agora todos os componentes do índice S&P 500 possuem pelo menos uma mulher nos conselhos de administração.

O relatório da S&P Global destacou as disparidades geográficas na diversidade de gênero. A proporção de mulheres membros do conselho e na alta gerência no setor de energia ficou perto de 30% na Nova Zelândia e superior a 20% na Noruega, França, Tailândia, Malásia e Filipinas. Japão, Coreia do Sul e Paquistão ficaram na lanterninha, com representação inferior a 5%.

Com base em pesquisas da S&P Global Platts Analytics e S&P Global Market Intelligence, o relatório analisou 799 empresas em 30 países.

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