Por Thomas Mulier.
A PepsiCo ampliou a promessa de reduzir o número de bebidas açucaradas comercializadas na próxima década em um momento em que os governos estão tributando cada vez mais refrigerantes e sucos de frutas para tentar reduzir os índices de obesidade e de diabetes.
Pelo menos dois terços do volume de bebidas da companhia terão 100 calorias ou menos em açúcares adicionados por porção de 354 mililitros até 2025, informou a empresa com sede em Purchase, Nova York, em comunicado, na segunda-feira. A PepsiCo havia dito anteriormente que reduziria os açúcares adicionados em 25 por cento por porção nas principais marcas em alguns países até 2020.
A medida surge apenas uma semana após a Organização Mundial da Saúde recomendar que os governos apliquem impostos às bebidas açucaradas, afirmando que ao elevar os preços no varejo em 20 por cento, o consumo cairá em um quinto. Mais de um em cada três adultos estão acima do peso, segundo a agência das Nações Unidas com sede em Genebra. O Reino Unido anunciou um imposto ao açúcar neste ano e medidas similares foram implementadas no México, na Hungria e em cidades americanas como a Filadélfia.
A OMS aconselha as pessoas a limitarem o açúcar adicionado a menos de 10 por cento de suas necessidades energéticas e afirma que o limite de 5 por cento é ainda mais saudável. A Pepsi, juntamente com a Coca-Cola e a Dr Pepper Snapple Group, prometeu em 2014 reduzir as calorias consumidas nas bebidas em 20 por cento na próxima década com o lançamento de porções menores e de opções com menos calorias, como água engarrafada.
A Pepsi também estabelece objetivos para reduzir a proporção de produtos com níveis mais elevados de gordura saturada e de sódio como parte de um conjunto maior de metas de sustentabilidade reveladas na segunda-feira. O portfólio de bebidas da Pepsi inclui seu principal refrigerante de cola, além da Mountain Dew, do suco de laranja Tropicana e das bebidas energéticas Gatorade.
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