Pequenos segredos financeiros podem salvar o casamento

Por Suzanne Woolley.

Este é o número mágico da felicidade financeira no casamento: US$ 400.

Essa é a quantia média que os casais disseram que se pode gastar sem problemas sem avisar primeiro o parceiro, segundo uma nova pesquisa da Ameriprise Financial com 1.500 casais. O limite cresceu com a idade, subindo de US$ 100 entre os casais da geração Y para US$ 500 entre os boomers (nascidos após a Segunda Guerra Mundial). Um terço dos casais consultados não estabeleceu um número.

Quase 70 por cento dos parceiros disseram que a comunicação sobre finanças entre eles era boa. Entre as diferentes gerações, os boomers foram “aqueles com maior probabilidade de dizer que a comunicação é perfeita”, disse Marcy Keckler, vice-presidente de estratégia de assessoria financeira da Ameriprise. (Bem, eles tiveram mais tempo para praticar).

Mas nem tudo é perfeito. Em cinco por cento dos casais, um membro reconheceu que mantém uma conta escondida do parceiro. E 30 por cento discutem por dinheiro pelo menos uma vez por mês — muitas vezes por causa de uma compra grande ou pelos hábitos de consumo –, embora 82 por cento tenham dito que são capazes de resolver a divergência e seguir adiante.

Talvez o conflito seja inevitável, porque muitos casais são formados por uma pessoa identificada como poupadora e outra que diz ser gastadora. Não surpreende que 73 por cento dos casais tenham dito que os dois parceiros abordavam as decisões financeiras de forma diferente.

Embora a maioria das pessoas não seja tão extrema, a situação pode ficar feia quando uma pessoa gastadora se casa com uma pessoa avarenta, disse Scott Rick, professor associado de marketing da escola de negócios Ross da Universidade de Michigan, nos EUA, que estudou os dois tipos.

Cada um desses tipos mostra insatisfação com sua relação com o dinheiro, disse ele. “Eles têm maior probabilidade de se casarem com gente do outro tipo do que com alguém parecido a eles, algo um tanto estranho, porque normalmente nos casamos com alguém parecido a nós — mas se você não gosta de algo em você, você não busca isso em outra pessoa; você busca algo diferente”, disse Rick. No início de uma relação, isso provavelmente seja positivo, disse ele, mas “quanto maior a diferença entre cônjuges nessa dimensão, mais eles brigam por dinheiro — e mais desejam ter casado com outra pessoa”.

Casais do mesmo sexo — que representaram 6 por cento dos entrevistados — têm maior probabilidade do que casais heterossexuais de dizer que compartilham a responsabilidade financeira igualmente e de dizer que seus respectivos papéis e responsabilidades foram discutidos deliberadamente no início da relação, e não algo que evoluiu ao longo do tempo, disse Keckler. Além disso, entre eles a probabilidade de ter um assessor financeiro, estabelecer limites de gastos e uma combinação de contas bancárias conjuntas e separadas foi maior do que entre os casais heterossexuais.

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