Perspectiva de exportação regional negativa em 2016 após queda de 14% em 2015, diz BID

Por Deirdre Fretz.

As exportações da América Latina e do Caribe vão cair 14 por cento este ano, a maior queda desde a crise financeira, e a tendência permanece negativa, de acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“Para 2016, o risco para as exportações da América Latina e Caribe estão inclinadas para o lado negativo”, disse o BID em seu relatório anual de comércio, lançado em 14 de dezembro.

O BID baseia a sua perspectiva sobre a tendência de queda nos preços das commodities, crescimento modesto nos EUA e UE, desaceleração da economia chinesa, e pressões cambiais.

“Divergências nas políticas monetárias dos Estados Unidos e na zona Euro mantém uma valorização sustentada do dólar, o que poderia acentuar as pressões deflacionistas sobre o comércio regional”, disse o BID.

O declínio deste ano foi causado pela contração nos preços das commodities, bem como a fraca demanda por bens manufaturados. O valor total de exportações de 2014 vão estar perto de $915 bilhões, pouco acima do nível de 2010.
Venezuela está em vias de exportar cerca de 49 por cento do que vendeu em 2014, medido em dólares americanos, o maior declínio de qualquer nação na região, revelou o BID. Isso corresponde a um declínio de 50 por cento nos preços do petróleo durante o ano.

O produtor de petróleo da Colômbia verá suas exportações caírem cerca de 35 por cento, segunda maior queda na região. As exportações do Equador e do gás natural da Bolívia e Trinidad e Tobago também vão cair entre 27 por cento a 32 por cento.

Os fluxos comerciais inter-regionais estão em ritmo de queda de 19 por cento. As exportações da Argentina para a região diminuíram 16 por cento, queda impulsionada principalmente por fluxos para o Brasil, o seu maior parceiro comercial. Exportações da América Latina e Caribe para EU irá diminuir 18 por cento este ano.

El Salvador e Guatemala aumentaram embarques de açúcar para a China, tornando-os os únicos países da região para a expandir o seu comércio com a segunda maior economia do mundo. Importação de petróleo para China permanecerá estável ano-a-ano, enquanto as importações de minério de ferro caíram, agravando o impacto do declínio dos preços, disse o BID.
 

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