Pesquisa da Bloomberg descobre que bancos avançam com preparação para FRTB

A pesquisa revela oportunidades e armadilhas para conformidade FRTB no sell-side

Após um ano de condições de mercado turbulentas por causa da COVID-19, os bancos continuam a se preparar para a implementação da Revisão Fundamental do Registro de Negociações (FRTB). No entanto, o progresso é desigual em todo o setor, e os dados e as decisões de modelagem de risco que a FRTB exige em uma organização representam os desafios mais difíceis, de acordo com uma pesquisa recente conduzida pela Bloomberg.

A FRTB, emitida pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basileia (BCBS) para renovar a forma como os bancos em todo o mundo abordam o risco de mercado em suas mesas de negociação, é uma das mudanças regulatórias mais significativas decorrentes da onda de reformas pós-crise financeira conhecida como Basileia III. Embora o prazo de implementação da FRTB tenha sido adiado um ano para janeiro de 2023 pelo BCBS devido à pandemia, os primeiros prazos de relatórios se aproximam no terceiro trimestre de 2021, e continua sendo um item importante na agenda regulatória do setor bancário.

Em um evento online recente, “FRTB – Nearing the Finish Line”, a Bloomberg perguntou a mais de uma centena de profissionais seniores de trading, compliance e regulamentação de todo o sell-side como suas instituições estão se preparando para a FRTB. Como resultado do atraso do BCBS, mais da metade (57%) dos entrevistados1 disseram que desaceleraram seu programa de implementação, com 47% dizendo que a implementação “desacelerou um pouco” e 10% disseram que a implementação “desacelerou significativamente”. Apenas 2% dos entrevistados aceleraram a implementação e 41% relataram nenhuma mudança de ritmo.

Com o primeiro prazo de apresentação de relatórios se aproximando no final deste ano, houve uma divisão semelhante em como as instituições estão se sentindo sobre sua preparação. Exatamente metade dos entrevistados2 (50%) sentiu que estava no caminho certo – exceto pequenos desafios – para começar a relatar ainda este ano, e 3% disseram que haviam finalizado sua solução e não tinham problemas em aberto. No entanto, os 47% restantes viram desafios à frente: 25% anteciparam desafios na implementação de sistemas analíticos e cálculos de sensibilidade ao risco, e 22% anteciparam desafios no agrupamento de dados e no tratamento de fundos.

“A FRTB apresenta, resumidamente, todos os principais desafios de dados que os bancos enfrentam, desde limpar os dados até categorizá-los e, finalmente, torná-los aplicáveis para gerenciamento de risco e conformidade regulatória”, disse Brad Foster, chefe de conteúdo corporativo da Bloomberg. “A iminente implementação dessa nova importante regra deve ser um lembrete para os bancos avaliarem sua estratégia geral de dados e certificarem-se de que seus dados estejam alinhados no front, middle e back office, da mesa de negociação ao departamento de compliance.”

Na verdade, os dados foram de longe o desafio número um identificado para a implementação da FRTB. 59% dos entrevistados3 disseram que o aspecto de dados da FRTB era seu principal desafio, incluindo limpeza de dados, obtenção de dados históricos como volatilidade e curvas, agrupamento de dados e captura de observações de preços reais para a Abordagem de Modelos Internos (IMA). Outros desafios que os entrevistados identificaram incluem decidir entre Abordagem Padrão (SA) e IMA (34%), e o alinhamento de modelos de preços de risco de mercado e front-office em toda a instituição (28%).

“Apesar do atraso, os bancos devem continuar a manter a implementação da FRTB no alto de seu radar”, disse Eugene Stern, chefe de produtos de risco de mercado da Bloomberg. “A FRTB é mais do que apenas verificar: ela exige que os bancos tomem algumas decisões importantes sobre seus processos de gerenciamento de risco e práticas de dados que vão muito além do risco de mercado. Combinada com a transição LIBOR em curso, os próximos dois anos prometem ser cheios de mudanças para o sell-side global.”

Para ler mais sobre a preparação para a implementação da FRTB, clique aqui.

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