Por Peter Millard.
A Petrobras elevou os preços da gasolina apenas duas vezes desde 14 de março, embora o petróleo tenha subido para o maior valor em quase seis meses, uma vez que um hedge mais ativo permite à gigante estatal do petróleo reduzir o ritmo dos reajustes.
O hedge que a empresa aprovou em setembro permite “alterar a frequência” dos ajustes diários, mantendo o compromisso com a paridade de preços internacionais, disse a Petrobras em um e-mail. Em setembro, a empresa disse que o hedge permitiria manter os preços estáveis por até 15 dias e seria aplicado durante períodos de alta volatilidade.
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Os preços dos combustíveis se tornaram uma questão politicamente sensível no Brasil, já que uma parte dos caminhoneiros ameaça entrar em greve no fim do mês. O país é muito dependente do transporte rodoviário para levar produtos do interior para portos e cidades.
O presidente Jair Bolsonaro fez os mercados despencarem no início de abril, quando se queixou à Petrobras sobre o aumento no preço do diesel, elevando os temores de intervenção do governo.
Perguntada sobre a diferença entre os preços domésticos e internacionais da gasolina, a Petrobras disse que os custos de importação variam de acordo com cada agente, dependendo de fatores como relações comerciais, acesso à infraestrutura logística e escala.