Por Stephen Stapczynski.
A PetroChina pode suspender temporariamente as compras de gás natural liquefeito dos EUA no mercado à vista durante o inverno no Hemisfério Norte. Segundo fontes a par da estratégia, a empresa estuda fazer isso para evitar potenciais tarifas em meio ao conflito comercial entre EUA e China.
O plano considerado pela PetroChina consiste em aumentar as compras à vista de outros países ou trocar carga dos EUA com outras nações no Leste Asiático para não pagar tarifas adicionais, relataram as fontes, que pediram anonimato porque a informação não é pública. A PetroChina, subsidiária da estatal China National Petroleum Corp., não fez comentários imediatos quando contatada pela reportagem.
Na semana passada, em um golpe direto nos exportadores americanos de gás, o governo chinês avisou que estuda uma tarifa de 25 por cento sobre o GNL dos EUA, que não estava na lista de produtos a serem taxados. A movimentação antecede a temporada de inverno, quando os preços e a demanda por combustível para aquecimento geralmente chegam ao pico, e mostra que o presidente Xi Jinping pode estar disposto a aceitar algum prejuízo para não recuar na disputa com Donald Trump.
Em fevereiro, a PetroChina assinou um acordo de 25 anos para compra de GNL americano da Cheniere Energy, começando já neste ano. Atualmente, a China é a terceira maior compradora do GNL dos EUA, porém o produto americano representou somente 5,7 por cento das importações ao longo do último ano, segundo a Sanford C. Bernstein.
A tarifa chinesa pode beneficiar temporariamente outros fornecedores, disse o vice-secretário do Departamento de Energia dos EUA, Dan Brouillette, em entrevista em Tóquio na quarta-feira, acrescentando que não espera qualquer impacto negativo sobre o setor de energia americano.
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