Por Catherine Bosley.
O impacto sobre a economia global se o barril de petróleo chegar a US$ 100 não será tão grande quanto o de 2011 graças a mudanças nos EUA.
Uma análise da Bloomberg Economics estimou que, se o petróleo chegar aos três dígitos, reduziria o produto interno bruto dos EUA em 0,4 por cento em 2020, contra um preço de referência de US$ 75 por barril.
O impacto, no entanto, seria menor do que no passado porque os níveis gerais de preços subiram, a quantidade de energia necessária para produzir uma unidade de produção econômica caiu e os EUA passaram a importar menos petróleo graças à sua indústria de xisto. Isso amortece o efeito dos choques de preço do petróleo na maior economia do mundo e, ao mesmo tempo, em outros países.
Dessa forma, “o petróleo a US$ 100 não será sentido como em 2011” e na verdade será sentido “mais como US$ 79” por barril, concluíram os economistas Jamie Murray, Ziad Daoud, Carl Riccadonna e Tom Orlik. “Com os EUA cerca de sua plena potência, o resto do mundo também sofreria menos — a produção global cairia 0,2 por cento em 2020.”
Os economistas também estimaram que o barril de petróleo teria que chegar a US$ 200 para comprometer seriamente a economia global.
“O preço do barril terá que subir muito mais para que o crescimento global escorregue em uma mancha de óleo”, disseram. “Obviamente qualquer circunstância que elevasse o preço do petróleo a um nível tão alto seria provavelmente um grande obstáculo.”
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