Por Ralph Cope.
As previsões otimistas do peso podem estar descontando a correlação crescente da moeda com os mercados emergentes que devem se mover na direção oposta.
O peso mexicano vai ganhar quase 8,7 por cento em uma base local este ano, de acordo com a previsão mediana de uma pesquisa da Bloomberg com 43 analistas. Isso o tornaria o terceiro melhor desempenho no mundo em relação ao dólar norte-americano, mostram dados da Bloomberg.
O peso tornou-se a principal escolha dentre os emergentes para quem quer ficar short, principalmente por causa de sua liquidez. Comercializando US$ 135 bilhões por dia e aberto durante todo o dia, cinco dias por semana, tornando-se uma cobertura de proxy ideal. A próximo moeda do mercado emergente em líquidez é o renminbi chinês, de acordo com o BIS.
A correlação linear semanal do peso mexicano a uma cesta ponderada de moedas emergentes aumentou para 87 por cento de 71 por cento nos últimos quatro meses.
O peso é o que tem a mais alta correlação com a lira turca, em 83 por cento. E a correlação com os renminbi chineses saltou para 65 por cento de 10 por cento.
A lira vai enfraquecer 3 por cento no final do ano, e o renminbi 2,8 por cento, de acordo com pesquisas da Bloomberg.
É difícil ver como o peso poderia descolar do cenário sombrio para outras moedas de mercados emergentes em 2016. Os mercados globais tiveram um início agitado e as teorias econômicas sugerem que a correlação aumente entre ativos diferentes quando os mercados estão sob stress.