Por que você está recebendo menos convites de casamento

Por Ben Steverman.

Você não é o único a passar menos fins de semana vendo outras pessoas se casarem — mas não se preocupe, os casamentos para os quais você foi convidado poderão parecer um pouco mais especiais hoje em dia.

Menos americanos estão se casando, e aqueles que ainda planejam se casar reduziram gastos com seus casamentos. As núpcias estão ficando menores, embora não necessariamente mais econômicas.

Muitos casais esperam mais tempo para marcar o casamento. Em 2015, a noiva americana média que se casava pela primeira vez tinha quase 28 anos, e o noivo médio tinha quase 30 anos, de acordo com os dados mais recentes disponíveis no Escritório do Censo dos EUA (há dez anos atrás, a noiva típica tinha 25,5, e o noivo típico, 27).

A taxa de casamento dos EUA — o número de novos casamentos por 1.000 pessoas — vem caindo há décadas. A queda foi especialmente rápida durante a recessão, em 2008 e 2009, mas há pouca evidência de que as pessoas tenham começado novamente a se casar, apesar da recuperação econômica.

E a empresa de pesquisa IbisWorld projeta que a taxa de casamento continuará caindo nos próximos cinco anos.

Do ponto de vista global, isso não seria uma surpresa. A taxa de casamento dos EUA precisaria cair cerca de um terço para equiparar-se às taxas de outros países desenvolvidos. Os dados mais recentes mostram que a taxa de casamento dos EUA é de 6,9, em comparação com uma taxa média de 4,6 para os países da União Europeia.

Na Europa, e cada vez mais nos EUA, muitos casais estão adiando indefinidamente o casamento, à medida que se torna mais socialmente aceitável que os casais morem juntos e tenham filhos juntos fora dos laços do matrimônio.

O resultado final não implica automaticamente um total de casamentos menor; embora a taxa de casamento esteja caindo, a população está aumentando. Mas a quantidade de matrimônios nos EUA de fato diminuiu no ano passado, em 0,5 por cento, para 2,162 milhões, segundo estimativas da Wedding Report, uma empresa de pesquisa de mercado especializada no setor de casamento.

Cerca de 310.000 empresas nos EUA oferecem serviços em casamentos, de acordo com a IbisWorld, e muitos deles — como floristas, confeiteiros e fotógrafos — sentem a dor econômica. Depois da recessão, a receita da indústria do casamento cresceu fortemente — mais de 4 por cento ao ano de 2012 a 2014, de acordo com a IbisWorld. Mas o crescimento desacelerou em 2015, e a receita diminuiu ligeiramente no ano passado. Nos próximos cinco anos, a IbisWorld projeta uma taxa de crescimento anual de apenas 0,3 por cento.

Em média, um casamento custou US$ 26.720 em 2016, de acordo com a Wedding Report, apenas 0,3 por cento mais que no ano anterior, mas essa média é desviada por alguns casamentos particularmente luxuosos. A mediana de custo de um casamento foi de US$ 14.399.

Outra mudança dos casamentos depois da recessão: eles encolheram. Em média, um casamento do ano passado teve 141 convidados, de acordo com uma pesquisa anual realizada com casais pelo site de casamento Knot. Em 2009, foram 149 convidados. Como resultado, muitos casais acabam gastando mais em cada convidado; Knot estima que o gasto médio por convidado aumentou 26 por cento desde 2009.

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