Práticas recomendadas para profissionais de compliance

Com as mudanças na natureza e no trabalho de compliance, muitas empresas estão agindo para identificar e implementar práticas recomendadas, especialmente sobre como seguir a regulamentação de forma ética e eficiente.

Depois da crise financeira, muitas empresas passaram de uma abordagem fragmentada de compliance para outra organizada em torno de três camadas – front office, compliance e risco – na qual o risco tem função final de supervisão e documentação, afirmou Harald Collet, chefe global do Bloomberg Vault.

Enquanto essas práticas recomendadas migram das empresas de grande porte para as de médio porte, o setor vivencia um aumento geral dos investimentos em compliance. Descreveremos abaixo as práticas recomendadas para o setor e como compliance pode, em última análise, ajudar a gerar receita.

Investimento em eficiência

Como as empresas estão investindo em compliance, a melhor qualidade dos dados e processos consistentes em diferentes classes de ativos e mercados podem aumentar a eficiência e melhorar o fluxo de vendas, afirmou Collet.

Embora possa parecer complexo a princípio, quem investe em compliance pode ter uma vantagem competitiva, pois vigilância e supervisão ajudam a garantir aos clientes que uma empresa é uma boa parceira de negociação, comentou Gary Stone, diretor de estratégia do Bloomberg Trading Solutions. Um programa de compliance robusto pode ajudar a mostrar que os investimentos e outras transações financeiras estão sendo geridas de maneira apropriada.

Também é importante que as empresas aloquem recursos adequadamente, disse Vincent Walden, sócio da Ernst & Young na área de Serviços de Investigação de Fraudes e Disputas. Novas análises de classificação de risco do comportamento do trader estão sendo desenvolvidas para ajudar os profissionais de compliance a concentrarem seus esforços nos movimentos de mercado mais suspeitos, antes da negociação.

Foco na ética

Outra tendência importante é a mudança rumo ao cumprimento ético das regulamentações. Em vez de abordar compliance ad hoc, seguindo a lei ao pé da letra como ela foi implementada, chefes de empresas financeiras estão enfatizando a importância de seguir as intenções por trás das leis e agindo com mais ética. Os reguladores também estão observando se as empresas estão instituindo mudanças culturais para priorizar esses valores fundamentais.

Em geral, o setor ganhará benefícios com maior transparência, mais eficiência e comportamento mais ético à medida que as novas regras forem colocadas em prática e as empresas determinarem as melhores formas de seguir as leis.
 

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