Private equity europeu se prepara para evitar crise de liquidez

Por Jan-Henrik Foerster, Love Liman e Benjamin Robertson.

Empresas europeias de private equity preparam seus portfólios para uma potencial crise de liquidez diante do impacto do coronavírus nos mercados e ameaça ao crescimento global, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

EQT e Permira instaram algumas empresas do portfólio a acessarem linhas de crédito para evitar problemas de capital de giro se o cenário econômico piorar, segundo as pessoas. A CVC Capital Partners também avalia a possibilidade de acessar linhas de crédito não utilizadas para certas empresas no futuro, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.

Empresas de investimento concentram parte de seus esforços em empresas voltadas ao consumidor que, provavelmente, serão afetadas pelo surto, segundo as fontes. Representantes da EQT, Permira e CVC não quiseram comentar.

Empresas controladas por firmas de private equity tendem a ter mais dívidas do que outras. Embora as condições impostas por bancos tenham diminuído muito nos últimos anos, algumas instituições mantiveram regras que exigem que empresas atendam a certos padrões de saúde financeira para acessar as linhas de crédito. Agir agora, mesmo que as empresas não precisem de dinheiro, pode ajudar a evitar a possibilidade de que não possam acessar as linhas mais tarde, quando o impacto do vírus se tornar aparente nos balanços.

“Os fundos de private equity aprenderam com 2008-2009 e tentam acessar o máximo de linhas de crédito e capital de giro possível”, disse Wolfram Schmerl, sócio-gerente da consultoria alemã Alantra Partners.

Gestores de private equity de médio porte da Europa também têm pedido às empresas do portfólio que cobrem créditos devidos e façam avaliações de risco sobre como operariam com equipe reduzida ou menos unidades, disse Schmerl.

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